Conto: Os bilhetinhos

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OS BILHETINHOS

Por Olavo Nascimento (08/08/202=======================================

Tudo começou com um bilhetinho: -- Você é linda!
Ela sorriu discretamente para o rapaz e sussurrou um “obrigado” quase imperceptível.
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Desde quando Márcia começou a lecionar naquele cursinho pré-vestibular, há três meses, Gustavo não sossegou mais. O rapaz, como outros alunos, estava ali para se preparar para as provas do Enem no final do ano. Mas, provavelmente diferente da maioria dos alunos, Gustavo viu outros objetivos mirados para a beleza da professora.

Uma pequena mulher de pele amorenada, rosto bem emoldurado por olhos azuis, cabelos curtos acastanhados e boca larga com lábios sensuais sempre sem pintura. Seus cabelos bem penteados davam voltas por trás das orelhas e seus olhos protegidos por inseparável armação de óculos bem adaptada à sua aparência, faziam dela uma mulher interessante e cobiçada por Gustavo.

Em outro lado da sala de aula, encontrava-se um rapaz aloirado, descontraído, carismático e bem apessoado aos dezessete anos, que preferia conquistar as namoradas ao invés de ser conquistado por elas como sempre acontecia. Não que não gostasse das garotas tão belas quanto ele, mas isso lhe tirava o brio de vencer uma barreira como parecia demonstrar as dificuldades que teria com relação à sua desejada professora.
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O tempo passou durante aqueles três meses e, apesar de olhares sugestivos da parte dele, a moça nem estava aí para os anseios do rapaz. Ela nunca lhe dava oportunidades para avanços e se colocava distante do aluno até com certa timidez. Por isso, Gustavo vinha bolando uma idéia para se chegar mais perto dela. E a chance chegou junto com o período de testes preparatórios marcados pelo curso, simulados à apresentação das matérias propostas pelo governo. Ou seja: provas em múltipla escolha identificadas por aluno.

E foi assim que Gustavo, ao entregar o primeiro teste em seu nome à professora, deixou junto o seu ponto de partida, com a breve mensagem num pedaço de papel: -- VOCÊ É LINDA! E ele se animou ao vê-la agradecer discretamente com um sorriso nos lábios.

A semana passou como se nada tivesse acontecido entre os dois, até o próximo teste quando o rapaz brindou a professora com outro bilhetinho: -- SEUS OLHOS AZUIS BRILHAM COMO DUAS ESTRELAS.

Márcia ficou surpresa mais uma vez por não esperar o novo elogio do rapaz e, apesar de ter gostado, não repetiu o gesto da semana anterior. Fechou-se em copas, mas ao invés de desencorajar o aluno com essa posição, trouxe pra ele mais incentivo na sua luta para conquistar algo difícil.

Na terceira semana, ela sentiu algo mais aconchegante ao ler a sugestiva mensagem: -- A SUA VOZ NÃO ME ABANDONA. EU DURMO COM ELA TODAS AS NOITES. Márcia sentiu-se assediada pela primeira vez, mas reconheceu ter gostado silenciosamente de mais um galanteio do rapaz.

Na quarta semana, em outra matéria, Márcia angustiada, foi direto ao bilhete do rapaz entregue junto com o teste e se surpreendeu mais ainda: -- DA PRÓXIMA VEZ VENHA VESTIDA DE AMARELO...

E ela pensou com seus botões: -- “Que diabo é isso? O quê que este garoto está pensando? Fez menção de chamá-lo pra uma conversa, mas desistiu quando ao dirigir-se a ele, o viu soletrar: A – M – A – R – E – L – O .

Na quinta semana, Márcia não colocou amarelo em um só dia, mas apesar de assistir as aulas durante aqueles dias, Gustavo faltou exatamente no dia do teste. E faltou também na semana seguinte, o que incomodou a moça. “Caramba!” - pensou ela – estava esperando o seu quinto bilhetinho e não aconteceu...
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Foram quase dez dias de ausência do rapaz que ela nunca imaginaria que a incomodasse tanto. Quando ele retornou, ela pediu pra conversar após o término das aulas. Foram dois testes e algumas matérias que ele havia perdido que Márcia resolveu ajudar.

No fim da aula daquela segunda-feira, com a sala vazia e à disposição dos dois, sentados frente a frente, Márcia quis entender aquilo tudo. E começou a conversa de forma descontraída: -- Foi por causa da falta do “AMARELO” que você desistiu de se formar?

-- Principalmente querida mestra... Sou um cara muito mimado e não estou acostumado com recusas... Confessou o rapaz.

-- Mimado mesmo! Aonde já se viu querer mandar na roupa das pessoas?...

-- Se você vestir amarelo, a roupa será minha e você também...

-- O que você quer dizer com isso?

-- Que estou apaixonado por você. E quero-te inteira pra mim.

Márcia corou, levantou-se irritada e determinou: -- Essa conversa acabou por aqui. Sou uma mulher casada, já cheguei aos 35 anos e você é muito jovem pra mim.

-- Mas isso não impede que eu goste de ti, que eu a ame e que você goste de mim...

-- Mas não vai acontecer... E procure vir recuperar as suas aulas...

-- Não vou desistir das aulas, nem de você. Vou ficar na minha até você aparecer aqui de vestido amarelo. O vestido amarelo pra mim será o seu sinal verde. Vou respeitá-la enquanto não quiser e ficarei feliz quando clarear o meu dia de amarelo.

-- Que sina! Parece coisa de doido! Finalizou a moça, saindo pela porta afora sem se despedir.
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Márcia não era casada como disse para o rapaz, mas não estava só. Vivia de alguns encontros esporádicos com Rodolfo, um professor de faculdade que se formara com ela há doze anos e que o encontrou há dois. Era um relacionamento livre, cada um no seu canto, sem ciúmes de parte a parte e respeito por seus espaços individuais. Portanto...

Márcia não estava presa a ninguém e ela gostava disso. E gostava tanto de ser admirada como todas as mulheres, que não pregou o olho pra dormir ao lembrar-se das últimas palavras do rapaz: “O VESTIDO AMARELO PRA MIM SERÁ O SEU SINAL VERDE”.

O sono não veio e os olhos firmes na voz do menino atrevido com corpo de atleta, extasiaram o seu corpo nu debaixo das cobertas. Márcia começou a fantasiar aquele garoto ao lado dela naquele momento e chegou ao êxtase ao se invadir com os próprios dedos, em delírios na busca pelo gozo: “Vem meu amor, cubra-me de amarelo com o seu prazer..." E ela foi às estrelas com a sua fantasia erótica... Teve orgasmos como não sentia há muito tempo, mesmo com as chegadas de Rodolfo de vez em quando.
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Na manhã seguinte, Márcia acordou disposta e decidida a seguir a sua vontade. Abriu seu vestuário e não encontrou nada em amarelo. E pensou: “Esse garoto está me deixando louca. Hoje ele vai me ver de azul, mas amanhã eu vou amarelá-lo. Vou encher meu guarda-roupa de amarelo. Agora quem quer sou eu!

Ao chegar à sala, Márcia viu o rapaz cabisbaixo e entregou um bilhetinho pra ele. “HOJE NÃO DEU, MAS AMANHÃ EU VOU TE AMARELAR.”

Gustavo abriu um sorriso, piscou o olho e balbuciou: “Muito obrigado”. E no fim da aula ainda deixou outro recadinho pra ela: “O AMARELO AINDA FICA MELHOR COM O BATOM VERMELHO”.

Márcia leu, guardou o papelzinho, sorriu e disse entre dentes: -- ISSO TUDO SÓ NUM MOMENTO MUITO ESPECIAL...
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A semana passou correndo com Gustavo repondo seus testes e matérias e ambos evitando deixar transparências para a turma. Ela não vestiu amarelo nenhum dia, mas pediu para aguardá-la na saída do curso naquele final da semana, com o seguinte convite: HOJE EU QUERO PASSAR A NOITE AMARELANDO VOCÊ E BORRANDO SEU CORPO COM BATOM VERMELHO.
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Márcia abriu a porta do seu apartamento num condomínio fechado na Barra da Tijuca, após estacionar o seu carro na garagem e Gustavo entrou junto aos beijos, com a mestra prometendo: -- QUE ESTA NOITE SEJA LONGA MEU GAROTO. NOITE TODA NOSSA...

Antes, no caminho da viagem, ela esclareceu alguns questionamentos do rapaz: -- Eu moro num condomínio na Barra e estou levando você até o meu apartamento. Não sou casada, não tenho homem morando comigo, mas não estou só. Tenho uma relação bem moderna com um professor há algum tempo e nos vemos apenas de vez em quando. Quando a vontade aperta, você sabe o que acontece. Portanto, fique tranqüilo que nada vai nos atrapalhar... (completou a moça acariciando e beijando o rosto de Gustavo).
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A sensação que Gustavo sentiu ao pegar aquela mulher nos braços dentro do seu apartamento, beijando-a sem parar, atiçou a sua alma, levantou o seu astral, mas a moça acalmou: -- Antes de tudo vamos para a minha suíte jogar uma água no corpo. Vou arranjar roupão e toalha pra ti enquanto eu preparo algo pra gente comer.

-- Mas não vamos tomar banho juntos? Questionou-a o rapaz com a sua ansiedade.

-- Não agora. Deixe pra depois que vai ser melhor...
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Aguardando-a na cama de banho tomado, Gustavo se surpreendeu maravilhosamente bem ao vê-la sair do banho. Aquela pequena mulher de modos simples e discretos surgiu diante de si sorrindo em vermelho com minúsculo lingerie em amarelo-ouro, exultando-o: -- Que maravilha meu amor!

-- Pois é! Quem mandou você dizer que é um menino mimado? Tão mimado, que resolvi lhe fazer este mimo.

Márcia se jogou na cama ainda vestida, subiu pra cima do rapaz e veio descendo com a sua língua após colar a boca dele com um beijão molhado e sensual. Ela foi descendo em carícias com o rapaz deixando e se excitando. E ela não parou: Liberou a toalha que o cobria e abocanhou um falo duro, grosso e latejante. Sua boca ia e voltava, suas mãos apertavam e provocavam o rapaz que se maravilhou: -- Isso meu amor... Que carinho gostoso! Continue... Continue... Continue...

-- Quero este mastro todo pra mim meu garoto... Diga-me que ele é meu e demais ninguém... Diga... Diga... Diga...

-- É todo seu meu desejo recolhido. Amor da minha vida... – atendeu o rapaz com o astral lá no alto.

-- Então mostre pra mim agora, vem!

Márcia despiu-se, jogou os seus amarelos pro lado, montou em cima, colocou aquele mastro entre suas pernas, sentou e ela festejou ao sentir algo invadindo suas entranhas: -- Uau! Aiii.. Que gostoso meu amor... Saboreie bem gostoso a sua fessora. Vem... Vem... ISSO! VEM, VEM... Uauuuuuuuuuuu! (Extasiou-se em gritos prazerosos aquela mulherzinha tão apetitosa).

Gustavo também foi às nuvens, se arrefeceu e sem sair de dentro, subiu pra cima da fêmea e foi para o segundo tempo ereto de novo.

Márcia viu estrelas diversas vezes enquanto Gustavo lambia seus seios, sua boca, seu pescoço, sua nuca e forçava a sua porta por baixo. Aquele membro indo e voltando permaneceu ainda um bom tempo até Gustavo enlamear aquele favo com o seu êxtase outra vez.

-- Que loucura meu amor! – Admirou-se a moça e continuou: -- Eu nunca vi nada igual. Você me enlameou duas vezes sem tirar de dentro. Adorei! Que lindo e gostoso é você... Quero-te pra sempre...

-- Mas se você quiser, ainda dá para o terceiro tempo... – Prometeu o rapaz com um sorriso nos lábios e feliz da vida.

... E ela jogou-se em seus braços e beijou-o calorosamente.
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Os dois se abraçaram apaixonadamente e caíram num sono relaxante, até a moça acordar duas horas após e determinar ao jovem amante: -- Levante meu menino que chegou a hora do nosso banho.

Debaixo da ducha dois corpos nus e espumados por aromas de sabonetes, a excitação voltou com carícias e toques em pontos que dão choques. Gustavo debaixo das águas e por trás dela, alisava os pelos e excitava a zona erógena da fêmea, enquanto ela em sussurros prazerosos masturbava o macho com movimentos cada vez mais rápidos. A explosão de prazer chegou ao mesmo tempo com gritos e urros abraçando orgasmos e ejaculações. Márcia ainda aproveitou o momento para abocanhá-lo e colher o sêmen do macho com a boca.

Ele adorou, tentou forçar a sua ida por trás, mas ela recuou: -- Por aí não meu amor... Eu não gosto e pode me machucar...

-- Mas eu quero tanto... Vou ser carinhoso...

-- Não meu amor, não insista. Pelo menos hoje não. Você já me deixou satisfeita e arriada... Vamos terminar por hoje...

-- Que pena! Eu adoraria ser apertado por ali...

-- Vamos falar disso em outra hora. Quem sabe não acontece quando vestir outra vez o amarelo? A aula por hoje terminou...

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N.A.: Será que o amarelo fará isso acontecer? Veremos na próxima aula (rsrsrsrsrs).
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