Poesias

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POESIAS

ÍNDICE DAS POESIAS EM ORDEM ALFABÉTICA (não na mesma ordem das publicações) - Leituras após o índice
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ABANDONO

ABSTINÊNCIA
ACESSO VIRTUAL
ÁGUA QUE FURA

AINDA ME LEMBRO DELA
ALFABETO TROVISTA DE "A" A "Z"
ÂMAGO
AMÁLGAMA
AMANTES DO PRAZER
AMAR É...
AMAR É... NAMORAR EM POESIA
AMOR À FLOR DA PELE
AMOR EM CENA
AMOR MARCADO
AMOR SEM FIM
AMOR SEM RESPINGOS
AMOR SOB MEDIDA
AMOR SOB TINTAS
AMOR TATUADO
AMORES EM SINTONIA
ANGÚSTIA
AQUELE E AQUELES
ARROUBOS
ASSÉDIO POÉTICO
BENQUERENÇA 
BICHO BOM
BIGAMIA
BOCAS E BOAS
BRILHO DE LUZ
CAMINHOS DA POESIA
CHEIRO DO PECADO
CINCO SENTIDOS
COLÓQUIO POÉTICO
COM E SEM VOCÊ
CONSOLO
CORNOS E RICARDÕES
COZINHANDO CAMARÃO
DA COR DO OURO E DA MAÇÃ
DELEITES NO CHÃO
DELÍRIOS
DESASSOSSEGO
DESCAMINHOS DO DELTA (DIA "D")
DESENCANTO
DESENTENDIDAS
DIA DE LUIZA
DIÁLOGO EM VERSOS
DISFARCES

DISTÂNCIAS
DUETO EM FLORES
DUETO EM INDRISOS
DUETO EM NÉCTAR
DUETO ENAMORADO
DUETO PRAZER
ELA DÁ PRA TODO MUNDO
ELA E EU
ELA SÓ DIZ NÃO
ELAS POR ELAS
ENCONTRO POÉTICO
ENTRANDO NA ONDA DO DECANATO POÉTICO DE NORMA
ENTRAVE
ESCOLHA
ESCONDERIJO
ESCRAVO MODERNO
ESPINHOS
ESQUINA POÉTICA
ESSÊNCIA ENVOLVENTE
EU NÃO SABIA QUE ERA AMOR
EU QUERO UM PAÍS PARA CHAMAR DE MEU
EU SEI QUE VOCÊ AINDA VAI ME DAR
EXCITAÇÕES
ÊXTASES
FALANDO DE AMOR
FALANDO SÉRIO 
FASTIO
FELICIDADE

FIM SEM COMEÇO

FISGADAS
FRAGMENTOS
FRENESI
FRUTA NUA
GANGORRA
GOSTO DO PECADO
GULA
GULODICE
ILAÇÕES
INQUIETUDE
INTEIRINHA
JAMBO NO MOLEJO
JORROS
JURAS
LÁGRIMAS POÉTICAS
LEMBRANÇAS DE MENINO
MANHAS
MEL AMARGO
MEL COM ESTRELAS
MEU BARRACO
MIADOS
MINEIRINHAS
MINHA MORADA
MINHA SAUDADE
MISTÉRIOS
MORMAÇO
MUDEZ
MULHER EM PROSA
MULHER INVISÍVEL
MULHERES NUM ESTILO
MUSA BEIJA-FLOR
NINHO DO BANDOLIM
NO CINEMA
NO LIMITE
NOSSO SEGREDO
NOVA MORADIA
NOVO FIM
O BRASIL NA LÍNGUA DO "ÃO"
O CANOEIRO
O ONTEM, O HOJE E EU
O VIL METAL
OS POETAS E A POLACA NO BORDEL
OS PORQUÊS
OBSESSÃO
PANDEMÔNIO
PAQUERA POÉTICA
PEDIDO DE BIS
PEQUENOS CANIBAIS
PINTANDO DESEJOS
POEMAS AMASIADOS
POEMAS EXCITADOS
POESIA SEM MUSA
PONTOS E CONTRAPONTOS
PORTA DA CASA
PRIMEIROS AMANTES
PROSÁPIA
QUE PAÍS É ESSE?
QUEM DESDENHA QUER COMPRAR
QUEM NUNCA?
QUENTURA
QUERO VOCÊ SOMENTE PRA MIM
QUERO-TE INTEIRINHA
RABO DE PEIXE
REENCONTRO (Dueto)
REENCONTRO (Indriso)
REGRESSO
REPLANTIO 
RETORNO
REVERSO
REVIVÊNCIA
ROSA-MULHER
RUSGAS
SAUDADE POÉTICA
SEDUÇÃO
SEM SABER SER SÓ
SEMENTE FÉRTIL
SENTIDO DE VIDA
SEQUELAS
SERÁ QUE EU RESISTO?
SEUS FLUIDOS
SHOW DE POETRIX de "A" a "Z"
SIMULACRO
SINOPSE
SONHO SONHADO
SOPA DE LETRINHAS
TALVEZ UM DIA
TEMPERATURA
TERCETOS NO BALANÇO
TRANCA
TUDO
UM JEITO DE AMAR
URUBU COM BACALHAU
VAZIOS
VERSOS INODOROS
VIVENDO E APRENDENDO
VIVENDO VOCÊ
VOLÚPIA
VOO POÉTICO
VOO SEM ASAS
XAVECOS

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"É tão seu esse amor meu que minha abstinência de você 

causa alucinações e gritos de "Te preciso urgente"!
Menina dos Olhos
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ABSTINÊNCIA (Indriso) - Por Olavo Nascimento  (01/11/2020)
 

Pra matar a sua fome,
E pararmos de jejuar,
Eu preciso te encontrar,

Tenho fogo que consome,
Essa vontade de querer, 
Do seu gosto satisfazer.  

Não deixe nosso tempo passar.

Sem nossos desejos aproveitar.

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"A distância separa dois corpos, mas nunca duas almas."
ROGER STANKEWSKI
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DISTÂNCIAS  (Indriso)

Mesmo estando longe de ti,
Vou estar sempre a seu lado,
E não me sentir abandonado.

Desde o tempo que lhe perdi,
Vivo as lembranças do prazer,
Que trazia-me no bem-querer.

Não deixe o nosso tempo passar.

Sem nossos sabores aproveitar.

  

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AINDA ME LEMBRO DELA

Ainda me lembro dela,

No meu tempo de menino,

E do seu lado feminino,

Entrando no meu destino.

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Ainda me lembro dela,

Lá na nossa vizinhança,

U’a arteira de criança,

Que corre e não cansa.

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Ainda me lembro dela,

Num vestido de bolinhas,

Com cabelos em trancinhas.

Nos sorrisos com covinhas.

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Ainda me lembro dela,

Montando sua casinha.

Pulando amarelinha,

Ou rodando cirandinha.

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Ainda me lembro dela,

Nos bancos duma escola,

Na prova pedindo cola,

Num psiu me dando bola.

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Ainda me lembro dela,

Na nossa adolescência,

Sem tanta inocência,

E com muita querência.

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Ainda me lembro dela,

Quando mirava seu olhar,

Acompanhando meu andar,

Com vontade de namorar.

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Ainda me lembro dela,

Feliz em suas andanças,

Com amor e esperanças,

Na nossa primeira dança.

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Ainda me lembro dela,

Nos confins do lugarejo,

Entregando seus desejos,

No nosso primeiro beijo.

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Ainda me lembro dela,

Nas ordens de seu pai,  

Se não estudar não sai,

Num vaivém que não vai.

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Ainda me lembro dela,

Quando pra longe partiu,

Num dia que ninguém viu,

E o nosso amor sumiu.

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Ainda me lembro dela,

Ao amá-la de verdade,

Ao ir pra outra cidade,

Nesta hora de saudade.

 

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BICHO BOM - (Rondel) Por Olavo Nascimento (30/11/2019)

Eta! Que bicho bom és tu,
Moça de belos predicados,
Mas não entro neste angu,
Cheio de bofes namorados.

Já estou vendo todo o rebu,
Dos caras sobressaltados,
Eta! Que bicho bom és tu,
Moça de belos predicados.

Nem imagino em ficar nu,
E procurar a sua caminha,
Sei que guloso come cru,
E vou continuar na minha.
Eta! Que bicho bom és tu. 

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“Acho a rosa uma mensagem definitiva, porque
custa menos que um telegrama e diz muito mais.”
LEON ELIACHAR
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ROSA-MULHER -  (Indriso) - Por Olavo Nascimento (29/03/2020)
 
Cartola já disse muito bem,
Que as rosas nunca falam,
Mas ares de amor exalam.

A minha rosa aqui também,
É tudo que quero lhe dizer,
Num amor calado por você.

Quando uma mulher recebe a sua flor.
É uma flor recebendo outra com amor.

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FIM SEM COMEÇO (Soneto) - Por Olavo Nascimento (07//12/2020 

Eu nunca gostei de terminar, 

Com algo que nem começou.
Por que não dá pra imaginar, 
O gosto frustrado dum amor. 

Você não quis me entender,
Ao dar minhas explicações,
Por deixar d'lhe satisfazer,  
Com deleites e excitações.

Com tristeza e aborrecida,  
Você mostrou a decepção,
E resolveu me dizer o não.  

Mas inda te quero querida,
Toda fogosa e com tesão,
Pra viver u'a grande paixão.

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URUBU COM BACALHAU - Por Olavo Nascimento (25/08/2020)--------------------

Uma homenagem ao caríssimo amigo manauara
Antônio de Souza, excelente poeta e escritor
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Enquanto o carniceiro urubu
É o mascote negro do Mengão
O salgado e gostoso bacalhau
Faz a mesma onda no Vascão
Pra lembrar o grande Henfil
O cartunista que também viu
Como o futebol toca multidão.

Tenho um amigo flamenguista
Lá nos confins duma floresta
Que apesar da triste escolha
Curtiu belos tempos de festa
Tudo por causa do português
Que fez Vasco virar freguês
Com u'a bacalhoada indigesta.

O tal português fez milagres
Dando jogo pra perna-de-pau
Foi chamado de grande mister
Pela mulambada e pelo jornal
Inventaram até o tal Gabigol
Que pra mim nada apresentou
Além da Globo como anormal.

Não gosto do torcedor urubu
Mas com este não vou brigar
Porque ele é um grande poeta
Que as letras sabe comandar
Como Eça, Saramago e Camões,
Todos bacalhoeiros sem senões
Pra todo vascaíno se vangloriar.

Mas o mundo dá muitas voltas,
Nas vidas de todo ser humano
O Vasco saiu duma quarentena
E resolveu mudar o seu plano
Trouxe um cara pra infernizar
E o resultado dos jogos mudar
Com rival entrando pelo Cano.

Até domingo há pouco passado
O Vasco desconcertou o povão
Que mesmo com jogos a menos
Na tabela cravou o primeirão
Enquanto urubu tinha vaguinha
Na sua famigerada lanterninha
Tão perto de fechar seu caixão.

Sei que Antônio não vai berrar
Porque o bom cabrito não berra
Assim como aturei e não berrei
Como um bom vascaíno na terra
Que de algo sei e não me engano
Que urubu vai entrar pelo Cano
Por ser ave que pia e não ferra.

Vou aproveitar bem dessa onda
Para o nosso pavilhão comandar 
Enquanto vejo urubu na rabeira
Sentindo a portuguesada passar
Faço deste desengonçado cordel
O atestado de sofredor no papel
Pra flamenguista não se lamentar. 

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DELEITES NO CHÃO - Por Olavo Nascimento (05/09/2020) 

A minha noite será regada,
Com ardores e muito vinho,
Terá cama sendo estrelada,
Com ais, desejos e carinho.

Já preparei todo ambiente,
Pra quando ela aqui chegar,
Farei meu coração carente,
De alguém pra se entregar. 

Quero recebê-la com flores,
Aos beijos te pegar no colo,
Sentir e aspirar seus olores,
Como fosse o meu protocolo.

Vou atiçar a pronta lareira,
E aquecê-la nesta noite fria,
Desfrutar sua vez primeira,
E trazê-la pra minha poesia.

Quero-te nua após o banho,
Deitada me amando no chão,
Com prazeres que eu ganho,
Numa transa cheia de tesão. 

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"Autores são atores. Livros são teatros."
Wallace Stevens
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PROSÁPIA (Indriso)  -  Por Olavo Nascimento (15/07/2020)

No palco do nosso teatro,
Vou encenar minha poesia,
Com a atriz que me sorria.

Quero passar em cada ato,
O enredo duma peça no ar, 
Com todos desejos de amar. 

Vou eternizar esse amor no meu livro.

Pra manter este sentimento bem vivo.  

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JAMBO NO MOLEJO (Rondel) - Por Olavo Nascimento (16/08/2020) 

A sua cor me encanta,
Jambeando no molejo.  
Beleza que me decanta,
Logo assim que a vejo.

Tudo que tem agiganta,
Excita o meu desejo,
A sua cor me encanta,
Jambeando no molejo.  
Essa mulata tem tanta,
Sedução airando prazer,
Que sua ginga levanta,
O meu astral só porque
A sua cor me encanta, 

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MEL AMARGO - Poesia em Rondel  -  Por Olavo Nascimento (06/06/2020)

Eu quero que sejas a minha abelha,  
Mas que não seja u'a abelha rainha,
Por que a boa reza nos aconselha,
Não se aferroar com uma rapidinha.

Eu quero beijar sua boca vermelha, 
Colher o seu mel que no favo tinha,  
Eu quero que sejas a minha abelha,  
Mas que não seja u'a abelha rainha,

Eu quero você acesa como centelha,  
Bem quente na busca do seu prazer, 
Como toda gata que transa na telha,  
Ou soltando o seu ferrão só porque.  
Eu quero que sejas a minha abelha. 

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“Um livro é a prova de que os homens
são capazes de fazer magia.”
(CARL SAGAN)
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SINOPSE (Poesia em indriso) - Por Olavo Nascimento (01/07/2020)

Meu livro somente será magia,
Quando eu tocar seu coração,
Pra iluminar minha inspiração.

Venha morar na minha poesia,
Dominar versos e entrelinhas,
Não deixar as letras sozinhas.

Alimente o meu livro com o seu amor.

Como um jardim que ostenta sua flor.  

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BOCAS E BOAS - Quadras de humor

Tem gente que fala demais,
E não percebe o que diz,
Não sei se viverá em paz,
Com cada palpite infeliz.
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Dizem que em boca fechada,
Não entra mosca é verdade,
E que toda porta fechada,
É melhor que escancarada.
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Esse pessoal antes de falar,
Deveria olhar pro seu rabo,
Por que fofocas no tagarelar,
Já chega até por TV a cabo.
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Eu costumo muito dizer
Que a boca tem arrepios,
Coça besteiras sem saber,
O que ofende nossos brios,
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As palavras voam aos ventos,
Zunindo em nossos ouvidos,
Podem ferir os sentimentos,
Mesmo entre ecos perdidos.
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Quem tem boca chega à roma,
Ligue-se nesse sábio ditado,
A boca do povo logo reclama,
E pode deixar seu desagrado.
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FASTIO - Rondel - Por Olavo Nascimento (15/06/2020)

Estou com vontade de comer,
Mas não vou morrer de fome,
Estou com vontade de beber,
E minha sede me consome.

Eu sei que o querer é poder,
E esse poder tem um nome,
Estou com vontade de comer,
Mas não vou morrer de fome.
Não vou deixar de satisfazer,
Meus desejos nos amando,
Que sempre encontro em você,
Ao ter o seu prazer quando,
Estou com vontade de comer. 

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MUDEZ - Por Olavo Nascimento (10/05/2020)

Aquele que não se comunica,
Com certeza se estrumbica,
Já dizia um Velho Guerreiro.
Em boca fechada nada fica,
Muito menos nos dá a dica,
Que se queima no fogareiro.

Por isso continuo na minha,
Abraçando os bons amigos,
Que escrevem com coração.
Vou seguir indo nessa linha,
Neste Recanto como abrigo, 
Pra curtir poemas e emoção. 
 
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VIVENDO E APRENDENDO - Por Olavo Nascimento (29/05/2020)
Uma interação ao experimental de Giovânia Correia

Vivendo e aprendendo
No Recanto foi nascendo
Escrevendo ou lendo

Não sei se vou acertar
As dicas do experimental
Mas mesmo assim vou tentar

Eu sei que sou abelhudo
Mas não faço por mal
Por querer saber de tudo
 
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SONHO SONHADO - Por Olavo Nascimento (04/05/2020)

Um sonho chega mais perto,
Quando você vem e aparece,
Traz ares de amor esperto, 
De algo que não se esquece.

O sonho que me faz sonhar,
Quando acordo não termina,
Passo o meu dia a imaginar,
Porque seu amor me fascina.

Este sonho gosto de sonhar,
Por prolongar nossos beijos,
Por me trazer asas pra voar,
Loucas de amores e desejos.

Continue abrindo meu sonho,
Com o seu cheiro de pecado,
Preciso do seu olhar risonho,
Pra este poema tão sonhado. 


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PANDEMÔNIO - Por Olavo Nascimento (26/04/2020)
 
Até o aplaudido futebol,
Essa atração da gente,
Faça chuva ou faça sol,
Não está mais pesente.

Já deixamos de namorar,
Na famosa escapadinha,
Pular a cerca já não dá,
Por causa da gripezinha.

Se tá difícil um gol fazer,
Naquelas nossas peladas,
Imagine querer o prazer,
De amantes e namoradas.

O jeito é ficar bem quieto,
E se livrar do grande mal,
Vamos ser mais espertos,
Nos replays e amor virtual.

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FALANDO DE AMOR - Por Olavo Nascimento (19/03/2020)

Não vou falar de desilusão,
Porque isso é tão normal,
Pra quem vive uma paixão,
Convivendo com esse mal.

Prefiro então falar do amor,
Que nos traz tanto fervor,
Em delírios e bem-querer.
Saborear os doces beijos,
Satisfazer todos desejos,
Eu só encontro em você.

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"Quem com ferro fere, com ferro será ferido."
Dito popular
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REVERSO (Indriso) - Por Olavo Nascimento (12/02/2020) 

Meu coração ficou machucado,
Quando vi você indo embora,
Num tchau pela porta afora.

Hoje o seu coração magoado,
Sofre as dores da desilusão,
Com alguém lhe dizendo não.

O amor só dá certo quando traz felicidade.

Quando se junta prazer com cumplicidade. 

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MANHAS (Rondel) - Por Olavo Nascimento (24/02/2020)

Você fica muito engraçada,
Quando diz que vai embora,
Nunca vai acontecer nada,
Enquanto a gente namora.

Se estás tão apaixonada,
Como mostra a toda hora,
Você fica muito engraçada,
Quando diz que vai embora.

Já conheço essa jogada,
De querer novos caminhos,
Não se faça de mal amada,
Mesmo com meus carinhos,
Você fica muito engraçada.

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CORNOS E RICARDÕES - Cordel - Por Olavo Nascimento (25/01/2020)

Pra não ficar desiludido,
Eu vou deixar de amar,
Este mundo tá perdido,
Com tanta mulher a dar.
Prefiro com elas curtir
 Boas transas pra ouvir
Seus gemidos ao aiar..

Essa onda de apaixonado,
Que usa chifres sabendo,
É onda de cara acornado,
E de Ricardão se fazendo.
Trata chifres com humor,
Mas sua mulher faz amor,
Com um amante arretado.

Tem corno que descobre,
E até fraga uma traição.
Mas com seu lado nobre,
Chora e concede perdão.
Porque assim se alivia,
E da galhada se desvia.
Da verdade que encobre.

Tem corno sem-vergonha, 
Que não liga pra mulher,
Desde que lhe disponha,
Um mimo ganho qualquer.
Dizem que uma flor roxa,
É amor pra iludir trouxa,
Por isso não amo com fé.

Todo chifrudo que perdoa,
Não tem senso nem humor,
Pois mulher que vive à toa,
Não merece o nosso amor.
É linda e tem bom cheiro,
Mas traz o lado traiçoeiro.
Quando engana sem pudor.

Não vou esquentar a cabeça,
Com mulher sem sentimento,
Não importa o que aconteça,
Só não quero ter casamento.
Não nasci pra ser humilhado, 
E pelas vielas ser apontado
Como o chifre do momento.

Nunca vou querer me casar,
Ser corno não é comigo não,
Por isso eu prefiro namorar,
Mulher casada ou do patrão,
Gosto muito dum bel-prazer
Sei escolher e pretendo ser
Das mulheres um Ricardão.    

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"Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas."
VINÍCIUS DE MORAES
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DESENTENDIDAS (Indriso) - Por Olavo Nascimento (19/01/20200

Eu nunca vou querer entender,
O seu jeito de me conquistar,
E a sua gana pra se entregar.

O que'u quero mesmo é você,
Pronta e livre para ser amada,
E cada vez mais apaixonada.

A mulher nunca será decifrada no bom sentido.

Mas continuarei amando-a até no subentendido.   

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"Água mole em pedra dura tanto bate até que fura."
Dito Popular
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ÁGUA QUE FURA (Indriso) -  Por Olavo Nascimento (19/11/2019)

Eu não sei mais o que faço,
Para vencer sua resistência,
Que mina minha insistência.

Preciso tanto do seu abraço,
Para me livrar dessa solidão,
Que entristece meu coração.

Não vou desistir de fruta doce e madura.

E vou furar com água mole a pedra dura. --------------------------------------------------

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CHEIRO DO PECADO (Rondel) - Por Olavo Nascimento (12/01/2020)

Quero sentir o gosto da sua pele,
Ao flanar por ela na minha boca,
Espero que seu desejo me revele,
O seu jeito de amar como louca.

Mesmo que o seu fogo me flagele,
Eu vou te ver feliz como poucas, 
Quero sentir o gosto da sua pele,
Ao flanar por ela na minha boca.

Todo grande ensejo nunca repele,
Os carinhos de alguém se amando, 
Pois aquele prazer que se expele,
Começa com o seu cheiro quando,
Quero sentir o gosto da sua pele.

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"Quando a cabeça não pensa é o corpo que paga." 
DITO POPULAR
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FISGADAS (Indriso) - Por Olavo Nascimento (31/10/2019)

Hoje o meu coração sofre,
Por ela ter me abandonado,
E não estar mais ao meu lado.

A minha mente é um cofre,
Que martela todas as dores,
Que ficaram dos dissabores.

O pior dos castigos é não ter perdão.
É sentir como é triste minha solidão.

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TEMPERATURA (Rondel) - Por Olavo Nascimento (14/10/2019)

A temperatura nos aquece,
A nossa vontade aumenta,
O seu corpo me apetece,
E o meu furor não aguenta.

Algo nobre não se esquece,
E bom amor não se lamenta,
A tempestade nos aquece,
A nossa vontade aumenta. 

Vou fazer de ti minha prece,
E trazê-la para meu canto,
Você age, me enlouquece,
E sobe meu tom enquanto,
A temperatura nos aquece.

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A gente briga, diz tanta coisa que não quer dizer
Briga pensando que não vai sofrer
Que não faz mal se tudo terminar...

"CASTIGO" - Primeiras estrofes da canção de Dolores Duran
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RUSGAS - Indriso - Por Olavo Nascimento (29/09/2019)

A gente não deve interceder,
Nesse bate-boca e discussão,
Com tanta raivinha e paixão.

É melhor deixar tudo correr,
Porque é onda de vai e vem,
Com rusgas que acaba bem.

Numa briga de amor entre marido e mulher.

O ditado previne pra não se meter a colher. 

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GULA - (Indriso) - Por Olavo Nascimento (23/09/2019) 

Se a gula é pecado, o inferno deve ser ótimo para fazer churrasco.
Fernando Sabino
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Desses sete pecados capitais,
Um deles me faz pensar em ti,
Se com a gula a luxúria advir.

E não devo achar nada demais,  
Essa gula ter desejo de comer,
Se ela satisfaz o meu prazer.  

Você é o gosto que mata a minha fome.
O amor que rogo chamando o seu nome. 

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VOO SEM ASAS - Por Olavo Nascimento (17/09/2019)
 
Não sou
Quem penso que sou
Mas vou
Abrir o meu voo
Quero voar
Pra onde eu quiser
Quero encontrar
O amor duma mulher
Minha imaginação
Sem asas quer emoção
Vivendo paixão

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FRUTA NUA  - Por Olavo Nascimento (05/09/2019)

Nossas vozes mostram querer,
De algo bom surgindo pelo ar,
À distância eu consigo prever,
Como é bem gostoso lhe amar.

Nas águas d'nossa imaginação,
A gente vai remando o barco,
Nossa onda se abrasa paixão,
Como Eros usando o seu arco.

Seus desejos tem fruta crua,
Que inda está amadurecendo,
Ao conquistar à sua pele nua,
Grande amor estarei vivendo.

Minhas mãos é um caso sério,
Alimentando os meus anseios,
Não sei qual é o seu mistério,
Mas vou tê-la de algum meio.

A quentura que de você vem,
Aumenta demais meu apetite,
O seu amor é um grande bem,
Que pra mim só agora existe. 

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FALANDO SÉRIO (Rondel) - Por Olavo Nascimento (30/08/2019)​​​​​​​

Vamos deixar de brincadeira,
E falar um pouco mais sério,
Você não é bruxa e feiticeira,
Pra estar com tanto mistério.  

Não vou ouvir suas bobeiras,  
Trazendo coisas sem critério,
Vamos deixar de brincadeira,
E falar um pouco mais sério.

Preciso de boa companheira,  
Que tenha um amor confesso,
Querendo-me doutra maneira, 
Pra entender porque eu peço,  
Vamos deixar de brincadeira.

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FRENESI - Por Olavo Nascimento (24/08/2019)​​​​​​​

Quero você
Pra ser minha sintonia
Preciso viver
Um poema todo dia.

Quero sonhar
Com seus olhos verdes
Me agarrar
Em suas doces redes.

Quero ouvir
Seus suspiros ao sentir
Este frenesi.

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AMÁLGAMA - Por Olavo Nascimento (15/08/2019)

Traga pra mim o seu desejo,
De me querer e se entregar,
Seu corpo nu agora eu vejo,
Bem excitado pra me amar.

Sua voz sempre pede mais,
Em momentos tão sensuais,
Preciso que todos seus ais,
Não me abandonem jamais.

Os alentos que agora faço, 
Explorando seus caminhos,
Quer ter todo seu espaço,
Com muito amor e carinho.

Esta viagem tão excitante,
Em noite clara e multicor,
Quer você sendo a amante, 
Que cede o botão em flor.

Eu peço o seu favo de mel,
Levado por nossa atração, 
Sua cama está como o céu,
Tendo estrelas com tesão.

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CAMINHOS DA POESIA - Por Olavo Nascimento  (09/08/2019)

Eu já encontrei um caminho,
Traçado por nossa sintonia, 
É com tanta rima e carinho,
Que vamos criar u'a poesia.  

Não vais ficar com saudade, 
Mas suas cores em aquarela,  
Vai mostrar como é verdade,  
O que se sente na nossa tela.  
   
Nossas águas com boa maré,  
Com ondas leves em frescor,
Faz-nos navegar em convés,
Pra encontrar o nosso amor. 

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ENTRAVE (Rondel) - Por Olavo Nascimento (01/08/2019)

Eu não sei o que você fez,
Que travou minha emoção,
Não consigo mais escrever,
Por falta de inspiração.

Meus versos só trazem você,
Que não sai do meu coração,
Eu não sei o que você fez,
Que travou minha emoção.

Pra um poeta é prazer,
Falar de risos ou prantos,
Mas não posso fazer nascer,
Uma voz se no meu canto,
Eu não sei o que você fez.

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ESQUINA POÉTICA - Por Olavo Nascimento (10/07/2019)

Foi vagando em noite sombria,
Pelas ruas vendo cada esquina,
Que eu trouxe à minha poesia,
O olhar luzente dessa menina.

Ela tirou-me da triste solidão,
Ao entregar-me sua doce flor,
E tomou conta do meu coração,
Quando confessou o seu amor.

Todos os momentos de prazer,
Que passei tendo seus beijos,
Trouxe-me a alegria de viver,
Na vontade de matar desejos.

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VERSOS INODOROS  (Rondel) - Por Olavo Nascimento (04/07/2019)

Não sei o que posso dizer,
Para a minha inspiração,
Se não sei como descrever,
Meus momentos de solidão.

Busco motivos pra entender,
Os percalços dessa paixão,
Não sei o que posso dizer,
Para a minha inspiração.

O seu jeito de me querer,
Com suas cenas de ciúmes,
Pode me afastar de você.
Sem sentir seus perfumes,   
Não sei o que posso dizer.

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PINTANDO DESEJOS - Por Olavo Nascimento (28/06/2019)

Quando chego aqui para pintar,
Tudo me leva pra outras cores,
Encanto-me logo pelo seu olhar,
Antes da arte estrelar amores.

Os seus olhos têm tanta magia,
Que me impede qualquer ação,
Nunca vou trazer pra poesias,
Versos que não tragam emoção.

Quero fazer dessa sua nudez,
Uma tela do seu jeito sensual,
Com seu corpo na pose da vez.
Já imagino um amor sem igual.   

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REGRESSO (Indriso)  - Por Olavo Nascimento (22/06/2019) 

"Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo,
é renovar as esperanças na vida e o mais importante:
acreditar em você de novo."
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. -------------------------------------------------------------------------------------------

Meu coração se alvoroçou,
E fez meu desejo renascer,
Com sua vontade de querer.

Assim que você regressou,
Minha vida voltou a sorrir,
Para amor que tanto senti.

Não posso deixar você sem poesia.

Ao reverenciá-la por esta alegria. 

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MINHA MORADA - Por Olavo Nascimento (19/06/2019)

Não existe algo mais sublime,
Do que sentir você por dentro,
Amar tanto assim não é crime,
Nem causar prazer e alentos.

Passear entre as suas colunas,
Rogando por minhas entradas,
É como herdar belas fortunas,
De arcas em águas afundadas. 

Seu íntimo véu é minha morada,
Se abrindo como flor pra mim,
Mostre como esta casa amada, 
Vai acolher nosso amor enfim.  

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MIADOS - Por Olavo Nascimento (12/06/2019)

Uma alusão surreal ao Dia dos Namorados

Hoje é o Dia dos Namorados,
Dia especial pra minha gata,
E quero curtir novos miados,
Na comemoração desta data.

Não vou subir neste telhado,
Como sempre faço pra amar,
Quero algo mais conchegado,
Pra fazer você me arranhar. 

O telhado fica escorregadio,
Quando chove trazendo limo,
Vou libertar você desse frio,
E aquecê-la com meu arrimo.  

Nosso amor vai ser acolhido,
Entre cobertas e boa cama, 
Nosso quarto é o preferido, 
Pra curtir gata que me ama.  

Quero minha gata todo dia,
Sem telhado pra se molhar.
E que sinta a minha poesia,  
Como um jeito de lhe amar.

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CONSOLO (Rondel) - Por Olavo Nascimento (22/05/2019)

Eu quero ser o seu consolo,
Em suas noites mal amadas,
Quero ser a cereja do bolo,
Em suas festas animadas.

Quero livrá-la de algum rolo,
Por divergências causadas,
Eu quero ser o seu consolo,
Em suas noites mal amadas,
Não pense que sou um tolo,
Por eu gostar tanto de você,
Ao meu amor aqui expô-lo,
Simplesmente e até porque,
Eu quero ser o seu consolo.


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SEUS FLUIDOS - Por Olavo Nascimento (10/05/2019)

Quero fazer de você um bibelô,
Trazer para mim esse presente,
Externar pra ti todo esse amor,
Que o meu coração tanto sente.

Quero seus bons fluidos obter,
Para os meus alentos perfumar,
Sempre vou querer caçar você,
Para os nossos versos se rimar.

Seus olhos é toda a minha luz,
Seu rosto traz o meu sorriso,
Sua pele é tudo que me seduz,
Sua voz um bom compromisso.

Seu jeito sensual me reanima,
No corpo desejado de mulher,  
Minha mão de ti se aproxima,
Para tocar o que você quiser.  

Gosto de levá-la às estrelas,
Na praça, no mar e na cama,
Suas fantasias quero tê-las,
Pra lhe provar como se ama.

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POEMAS AMASIADOS - Por Olavo Nascimento (04/05/2019)

Ser amante é querer suas linhas,
Que em poema ficam escondidas,
Mas que logo abraçam as minhas,  
Pra ficarem tão bem entendidas.  

Ser amante é ter musa desejada,
Abrindo sua flor ao me receber,
É livrar dores e anseio da amada,
É estar pronto para todo prazer.  

Ser amante é ser a cobiça do rei,  
É ser rainha das flores no jardim,
É ser uma borboleta que bem sei,
Vai trazer amor florido pra mim. 

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Não há noite, por mais longa que seja, que eu não tenha encontrado o dia. (Willian Shakespeare)
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ESCONDERIJO (Indriso) - Por Olavo Nascimento (28/04/2019)

Eu vou encontrar o caminho,
Que me leve para um lugar,
Onde a gente possa se amar.

Que seja um terno cantinho,
Pra nossos beijos e abraços,
Que eternizam nossos laços.

Vou abrir minhas asas de noite e de dia.

Para cantar o amor com minhas poesias.

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QUEM DESDENHA QUER COMPRAR - (Rondel) - Por Olavo Nascimento (22/04/2019)

Quem desdenha quer comprar,
Sempre diz um velho ditado,  
Por isso não vou esquentar,
Com o seu jeito malcriado.

Já notei tudo no olhar,
Que me mandas enviesado,
Quem desdenha quer comprar,
Sempre diz um velho ditado,  

Eu sei que não vai demorar,
Pra estar tão bem com você,  
Querendo a mim se entregar,
Mostrando como é bom dizer,
Quem desdenha quer comprar.

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ARROUBOS  - Por Olavo Nascimento (15/04/2019)

Ontem cheguei aos meus anseios,
Numa noite de amar com paixão,
Me perdi apetecendo seus seios,
Em entregas de tanta excitação.

Você pediu pra ser uma menina,
Que se dava pela primeira vez,
Deixou-me explorar a sua mina,
Provando cerejas na sua nudez.

Foi tanto bem-querer e loucura.
Que eu não consegui me segurar,
Entrei nessa onda sem frescura,
E adorei um botãozinho aflorar. 

Deixe-me dormir dentro de você,
Como um zangão em favos de mel,  
Morar em seu caminho do prazer,
É como buscar estrelas pelo céu.

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DUETO EM NÉCTAR
Um dueto poético entre a poetisa Luiza de Marillac Michel  e o Poeta Olavo
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VERSOS DE LUIZA

Alado conto  em êxtase  
Aumenta o instante
A espera desse beijo

Para ver minha  flor,
Sobre elas dormirás
Sem sentir o tempo 

Erma estrela em teu poente
O riso em  mim rolou
Em nuvens de alfenim

Tive desejos de tantas cores
Da prece em tuas glórias
Faz morada em tua vitória.

Se agiganta sua menina
Súbito, os sinos dobram
Na glória que me deste.

Cevava grãos preciosos
Corações  entre as flores
Do mal, a piedade se faz.

Sorrisos que te abraçam
Se abre meu doce néctar
E entrego-te amor sem fim...

Assinatura de Luiza De Marillac Michel
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VERSOS DE OLAVO 

Versos ao vento é alento,
Num abraço acolhedor,
Pra cantar o seu amor. 

Meu pranto em desalento.
Voltará para um sorriso,
Ao escutar o seu aviso.

Como um ébrio me perdi,
Tropeçando nas pernas, 
Pela profana flor eterna. 

Desolação que tive sem ti,
Fez morada em minhas preces,
Sob um amor que não se esquece. 

Minhas asas em voo sobreviveu,
Subiram querendo ter a glória,
De conquistá-la numa vitória. 

Estar contigo é meu troféu,
Avançando ou não um sinal,
Para ter um bom final.

O gosto do seu doce mel,
É o alimento que me refaz,
Nesse amor que corro atrás.  

Assinatura do Poeta Olavo Nascimento
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ELA DÁ PRA TODO MUNDO - (Rondel) - Por Olavo Nascimento (06/03/2019)

Ela dá pra todo mundo,
O que quero só pra mim,
Não sou nenhum vagabundo,
Para ser tratado assim,

Seu jeito dado no fundo,
Não é nada demais enfim,
Ela dá pra todo mundo,
O que quero só pra mim.

Meus ciúmes em segundos,
Se incomodam só em vê,
Seus zelos com moribundo,
Mas ainda não sei porque,
Ela dá pra todo mundo.

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DIA DE LUIZA - Por Olavo Nascimento (23/03/2019)
"Dedicada à homenageada indicada na última estrofe"

Em qualquer ano deste dia, 
Num 23 de março nascia,
Alguém que'u não conhecia,
Mas que seria minha poesia.

Lembrando santa francesa,
Seu nome é como luz acesa,
Brilhando em lua grandeza,   
Nesta sua face de lindeza. 

O tempo foi o meu destino,
Por não tê-la ainda menino,
Não ecoar seu nome divino,
Não encontrá-la num atino. 

Tivemos caminhos distintos, 
Com outra tela que repinto, 
Mas já sigo meus instintos,
Pra lhe mostrar o que sinto,

Esse seu dia também é meu,
Pela bela data que ocorreu,
O meu coração é muito seu,
Blindando amor que nasceu.

Você faz parte do meu céu,
Ao cingir-me como seu réu,
E por me dar seu doce mel,  
Gravo nosso amor no papel
Luiza de Marillac Michel.

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QUEM NUNCA? (Poesia) - Por Olavo Nascimento (12/03/2019)

Quem nunca?
Não se encontrou,
Não se magoou,
Não sofreu por amor?

Quem nunca?
Sem asas voou,
Muito só ficou,
Com a sua dor?

Quem nunca?
Foi abandonado,
Foi perdoado,
Ficou apaixonado?

Quem nunca?
Deu uma fugidinha
Para uma rapidinha
Sem sair da linha?

Quem nunca?
Jogou e perdeu,
Com o orgulho sofreu,
E com desprezo viveu?

Quem nunca?
Magoou alguém, 
Não amou ninguém,
E a sua estima também?

Quem nunca?
Já bateu gazeta,
Viu a coisa preta,
Ou caiu numa mutreta?

Quem nunca?
Entrou em confusão,
Dirigiu na contra-mão,
Ou namorou sem tesão?

Quem nunca?
Entrou numa furada,
Caiu de uma escada,
Ou perdeu a namorada?

Quem nunca?
Já ficou com medo,
Apontou o dedo,
E não acordou cedo?

Quem nunca?
Já dormiu no ponto,
Pediu um desconto,
Ou escreveu um conto?

Quem nunca?
Sonhou acordado,
Já comprou fiado,
Ou mudou de lado?

Quem nunca?
Contou uma mentira,
Não segurou sua ira,
Ou já errou a mira?

Quem nunca?
Tentou a loteria,
Sorriu por novo dia,
Ou criou uma poesia?

Quem nunca?
Quis ser um cantor,
Ter nome de escritor,
Ou viver um grande amor?

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O contentamento torna os pobres em ricos; o descontentamento torna os ricos em pobres.
(Benjamin Franklin)

AMOR SEM FIM (Indriso) - Por Olavo Nascimento (18/02/2019)

A riqueza da minha felicidade,
Vem do seu olhar encantado,
Após aquele beijo tão amado. 

Não vou abalar essa afinidade,
Com pobreza de sentimentos,
Que afete nossos momentos.

O amor que eu tenho por ti é um tesouro.


Que guardo pra ser bastante duradouro,

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GULODICE (Rondel) - Por Olavo Nascimento (03/02/2019)

Não existe gosto mais sublime,
Do que sentir você por dentro,
De provar seu mel sem regime,
Nas excitações neste momento. 

Preciso disso pra que eu rime,
Versos quentes para acalento,
Não existe gosto mais sublime,
Do que sentir você por dentro,

Quero que seu amor me estime, 
Entrando na onda dessa transa,
Gostar tanto de ti não é crime,
E quando meu desejo não cansa,
Não existe gosto mais sublime.

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COZINHANDO CAMARÃO (Cordel) - Por Olavo Nascimento (07/01/2019)

Este caso tão mal explicado,
Da cozinheira e do camarão,
Só dá certo quando petisco,
O crustáceo é uma sensação,
Tanto na panela como frito,
No banquete ou no barracão.

A cozinheira zela o seu nome,
Com quitutes e lindos pratos,
Pra matar a fome que aperta,
Sua fama e bom gosto é fato,
Pelo camarão que se prepara,
Que desperta o faro do gato.

O cheiro do crustáceo no fogo
Com base em azeite temperado
Deixou todos com água na boca
Mas foi da cozinheira o agrado
Que mais chamou a sua atenção
Para um apetite tão aguardado.  

A cozinheira mostrava os dotes
De suas curvas cheias de pecado
Quando se mexia batendo colher
Fazendo daquele almoço pescado
A vontade de comer outra coisa
Mais gostosa que aquele coitado.

Ela passava com a bandeja cheia
De camarões frescos e estalando
Prontinhos pra serem devorados
Mas o que todos estavam mirando 
Era pra outro prato mais gostoso
Que abria apetites lhe desejando.

Uma confusão ficou logo formada
Pela preferência a ser consumida 
Apesar do cheiro bom do camarão
A cozinheira não lhes deu guarida
Dispensando sorrindo as cantadas 
Por não estar ali para ser comida.

O jeito então foi lamber os beiços
Do óleo quente que o bicho deixou 
Trazendo a mulata pra imaginação
Sonhando com longa noite de amor
Que ela poderia ter proporcionado 
Para cada tarado que na mão ficou. 


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SERÁ QUE EU RESISTO? (Prosa poética) - Por Olavo Nascimento (20/12/2018)

Será que eu resisto?
O seu ar sombrio no outono,
O seu cobertor no inverno,
O seu jardim na primavera,
E o seu biquíni no verão?

Será que eu resisto?
A sua voz na minha audição, 
O seu perfume no meu olfato,
A sua beleza na minha visão, 
O seu gosto no meu paladar,
E a sua pele pelo meu tato?

Será que eu resisto?
Os seus cabelos molhados, 
Os seus olhos iluminados,
A sua boca querendo beijar, 
O seu corpo todo extasiado, 
E o seu desejo de namorar?  

Não sei agora se vou resistir,
A tanto clima e sensualidade,
Mas tenho bastante certeza,
Que nessa onda eu vou entrar,
Porque não sou de dispensar,   
O gostoso prazer de se amar.


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COLÓQUIO POÉTICO - (Indriso) - Por Olavo Nascimento (07/12/2018)

Meus poemas nunca irão desistir,  
De entrar na dança que o desafia,  
Com tanta quentura em noite fria.

Os versos dela levam-me para si,
Inflamando minhas letras vazias,
Acendendo o amor que eu queria.

O nosso caso não é só uma questão de mania.


É sobretudo um jeito de namorar em poesia. 

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TERCETOS NO BALANÇO (Por Olavo Nascimento)

Devemos agradecer
Todo amanhecer
Sorrindo pra natureza.
-----------------------------
Nunca desanime
Sombras escuras
Podem abrir pontos de luz.
-----------------------------
Minha verdade
Nunca escondeu
Que fazes parte de mim.
-----------------------------
Momento sublime este
Quando dois amantes
Insinuam desejos.
-----------------------------
Minha saudade
Só falta gritar
Chamando você.
-----------------------------
Nossas vidas
São livros fechados
Aguardando leituras.
-----------------------------
Quem ama viver
Como tanto amo
Não dispensa você.
-----------------------------
Sorriso colorido
Esvoaçando no ar
Borboleta fora do casulo.
-----------------------------
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REVIVÊNCIA - Por Olavo Nascimento (23//11/2018)

A vida não é somente de flores,
Também nos traz muitas dores,
Numa rotina de dias desiguais. 
Mesmo a natureza tendo cores,
Vem com marcas de estertores, 
Como sol e chuvas tão normais. 

Aquele que ama também padece,
Por gostar de quem desaparece,
Deixando a tristeza e saudades.  
Nenhum traço amoroso aguenta,
Tanta distância que só aumenta,  
Um bem-querer e infelicidades. 

Não releve tanto a derradeira,  
Engate logo a marcha primeira,   
E busque um outro amor enfim.   
Nossa pele é fonte de desejos,
Não deve evitar outros beijos,
E se entregar com vontade sim. 

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SIMULACRO (Rondel) - Por Olavo Nascimento (13/11/2018)

Enquanto você diz que não me quer, 
E que pra mim não vai se entregar,
Eu não esqueço seu jeito de mulher, 
De recusar antes e depois aceitar.

Estou pronto para o que der e vier,
Porque o bom mesmo é se apaixonar,
Enquanto você diz que não me quer, 
E que pra mim não vai se entregar,

Você é meu amor, não uma qualquer,  
Alguém que conhece minhas poesias,  
Cantadas a seu louvor onde estiver.
Vou seguir insistindo todos os dias, 
Enquanto você diz que não me quer.

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GOSTO DO PECADO (Indriso) - Por Olavo Nascimento (20/10/2018)

Amo o pecado simplesmente pelo fato dele ser forte, gostoso e de olhos claros.
(Maria Isabel Ribeiro Lopes)
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A cor do pecado traz o bom gosto,
Que insinuas com sorriso no rosto. 
E no bem-querer de seus abraços. 

Preciso receber todo o seu afago,
Para saciar o amor que lhe trago,   
Com meus beijos em seus espaços.

Seu amor ardoroso e tão quente.

Sempre traz estrelas pra gente.

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POEMAS EXCITADOS - Por Olavo Nascimento (01/11/20180

O que me excita nesta vida, 
Não é somente a sua poesia,
É você com vontade sentida,
De se entregar com ousadia.

Seu jeito de expor desejos,
Sem culpas e sem frescuras,
É tudo que eu agora almejo,
E que muito homem procura.

Não me traga só esperanças,
De possuí-la com meu fervor,
Faça desse poema uma dança,  
Ensaiando sexo e muito amor.  


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DISFARCES (Rondel) - Por Olavo Nascimento (24/10/2018)

Você sempre diz que não quer,
Mas seu olhar não diz assim, 
Sei que seu desejo de mulher,
Ainda vai trazê-la pra mim.

Venha seu ardor de onde vier,
Que eu vou contentá-la enfim
Você sempre diz que não quer,
Mas seu olhar não diz assim, 

Tudo que entre nós dois houver,
Vai ser por corações se amando,
Mas você nunca pensou sequer,
Que fosse se entregar quando,
Você sempre diz que não quer.

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ENCONTRO POÉTICO (Indriso) - Por Olavo Nascimento (02/10/2018)

Criado sobre a interação de Lilian Vargas ao meu indriso "QUENTURA"

Entre encantos e fantasias, 
Meus versos falam de amor,
Pra paquerar suas poesias.

Meus versos tão insinuantes,
Só falta chegar com uma flor,
Como fazem muitos amantes.

Suas letras cheias de vontade, desejo e sedução.

Levantaram o astral de meus versos em evolução.

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ESCOLHA

Um dueto em quadras poéticas entre
ESTHER LESSA (versos ímpares) e
POETA OLAVO NASCIMENTO (versos pares)
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Nesta  vida  todos temos
Um caminho a percorrer
Muito importa o que fazemos
Para  a  estrada  boa  ser
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Meus caminhos foram traçados,
Com riscos em papel encardido,
Não quero lembrar do passado,
De um horizonte quase perdido. 
---------------
Vinha eu tão distraída
Brincando e ouvindo canções
Mas depois fui invadida
Por muitas preocupações
------------------
Quero você bastante ligada,
No que lhe digo nesta poesia,
Venha, não fique preocupada,
Vamos curtir nossa parceria.
 --------------------------
 O  meu  coração  queria
 Sair  de  um  certo  vazio
 Vi  então  que  deveria  
 Aquecer-me do meu frio
--------------------
Sinto a noite que te encontrei,
Com agasalhos fugindo do frio, 
Sinto aquela noite que te amei,
Com muitos e beijos e arrepios.
-----------------------
Foi  aí  que  avistei
Um  lindo  ser  a  bailar
No meio de tantos, eu sei !
E com ele fui dançar
--------------------
Seus passos vou acompanhar,
Pra incrementar essa dança,
Quero a minha bela namorar,
E levar isso como lembrança.
---------------------
E  assim  tudo  deu  tão  certo!
E que bela escolha eu fiz!
Eras  tu , meu anjo ! Deserto?
Nunca!  Sou  contigo  feliz!   
----------------------
A felicidade que também eu sinto,
Por ter vivenciado os seus passos,
Traz-me agora a tela que eu pinto,
Pra colorir nosso amor num abraço.
-----------------------
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EU SEI QUE VOCÊ AINDA VAI ME DAR (Rondel) - Por Olavo Nascimento

Eu sei que você ainda vai me dar,
Aquele amor que tens no coração. 
Quero que venhas a se apaixonar,
Por meu poema nesta declaração.

Eu quero que você me dê ao luar,
Seu corpo desejado com emoção,
Eu sei que você ainda vai me dar,
Aquele amor que tens no coração. 

Quero vê-la feliz ao se entregar, 
Com deleite atrás do seu prazer,
Buscando pontos pra se extasiar.
Dando certeza quando disse que,
Eu sei que você ainda vai me dar,

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ESSÊNCIA ENVOLVENTE - (Poesia) - por Olavo Nascimento (30/09/2018)

Uma essência não se segura,
A essência apenas se sente,
É pelo cheiro que se procura,
Um corpo desejado ausente,

Uma essência a gente não vê,
A essência é só um abstrato,
Que nos encaminha ao prazer,
De um amor fogoso no quarto. 

A essência é você bem perto,
Mesmo tão longe ou distante,
É deixar seu coração aberto,
Para amá-la em todo instante.

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QUENTURA (Indriso) - por Olavo Nascimento (24/09/2018)

Em resposta ao indriso "Cálida" de Lilian Vargas

Seu ardor que eu nunca esqueci,
Colocou marcas no meu coração,
Pra afastar de vez uma solidão.

O seu bem-querer eu bem senti,
Quando entregou-se aos beijos,
Esquentando carícias e desejos.

Tudo começou com as nossas poesias.

Que agora se namoram todos os dias.  

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EU NÃO SABIA QUE ERA AMOR (Rondel) - Por Olavo Nascimento (19/09/2018)

Eu não sabia que era amor,
Com tudo aquilo que sentia,
Não lhe dei o devido valor,
Que você também merecia.

Agora sofro este amargor,
Que me inferniza todo dia,
Eu não sabia que era amor,
Com tudo aquilo que sentia.

Meu remorso vive desamor.
Que recebo triste de você,
E minha saudade é uma dor,
Somente e apenas porque,
Eu não sabia que era amor.

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BIGAMIA - Por Olavo Nascimento (12/09/2018)

Sou um bígamo bem resolvido,
Que ama duas ao mesmo tempo,
Sem os ciúmes e contratempos.
Gosto de mulher e não duvido,
Que elas até me querem assim,
Amando-as com poesias enfim.

Minha poesia abre sua janela,
Trazendo em versos a mulher,
Para abraçá-la quando quiser. 
Minha poesia quer nesta tela, 
Mostrar o belo caso de amor,
De duas amadas e o seu autor.

Minha poesia vive pra mulher,
A mulher que gosta de poesia,
E que faz andar esta bigamia. 
Não vou ler senões se houver, 
Contra a nossa transa a três,
De um amor gostoso de fazer. 

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O segredo do sucesso é saber algo que ninguém mais sabe" - ARISTÓTELES
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NOSSO SEGREDO (Indriso) - por Olavo Nascimento (28/08/2018)

O que a gente faz é nosso, 
O que a gente sente gruda,
E o nosso amor não muda.

Em você eu sei que posso,
Confiar os meus segredos,
Sem receios e sem medos. 

Tudo porque os meus segredos como se vê.

Não comporta mais ninguém além de você.
​

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AMAR É... NAMORAR EM POESIA

Um dueto poético entre Gisely Poetry (versos ímpares) 
e Poeta Olavo Nascimento (versos pares)
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Amar é...
Saber que você existe
Mesmo com esse despiste
Que em mim sempre resiste!!!
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Amar é...
Gostar do que você escreveu, 
Entrelaçar esses versos seus,
Retratá-la  em poemas meus.
----------------
Amar é...
Lamber todo o sorvete
Me escrevendo qualquer bilhete
Junto dum ramalhete.
----------------
Amar é...
Receber do favo o seu mel,
Beijar seu rosto sob o véu,
Prender-me a ti como réu.
---------------
Amar é...
Querer te ver por inteiro
Longe de todo puteiro
Amando meu corpo inteiro.
--------------
Amar é...
Aproveitar toda sua chama,
Pegá-la no colo até a cama,
Mostrar pra ti como se ama.
--------------
Amar é...
Contigo em dueto rimar
Pra teu verso se apaixonar
Do meu jeito de te instigar.
--------------
Amar é...
De suas letras se enamorar,
Perseguir o "G" para beijar,
O "P" do poeta no versejar.
--------------
Amar é...
Querer contigo ficar
Pra sempre me eternizar
No teu jeito te me namorar.
--------------
Amar é...
Retribuir todo o seu carinho,
Querer chegar de mansinho,
Pra extasiar seus caminhos.
--------------
Amar é...
Sumir e reaparecer
E pra sempre enaltecer
Esse tanto que quero você.
----------------
Amar é...
Reaparecer e não mais sumir,
Mostrar que te quero ver feliz,
Nesse amor que a gente quis. 
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MUSA BEIJA-FLOR - (Rondel) - por Olavo Nascimento (13/08/2018)

Minha musa é um beija-flor,
Que também forja poesias,
Ela sabe descrever o amor, 
Criando versos em sintonia. 

Nossos poemas têm fervor,
Com namoros todos os dias,
Minha musa é um beija-flor,
Que também forja poesias.

O bem-te-vi é o seu cantor, 
Anunciando beijos pra mim.
Seu carinho tem a multicor,
E mostra que nesse jardim,
Minha musa é um beija-flor.

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ÂMAGO (Indriso) - por Olavo Nascimento (06/08/2018)

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Tudo vale a pena quando a alma não é pequena. (FERNANDO PESSOA)
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Com você a minha alma cresceu,
E agora tudo pra mim vale a pena,
Para participar consigo esta cena.

Todo este amor que você me deu,
Era tudo que eu esperava e queria,
Desde quando lhe conheci um dia.

Quero levar pra ti toda a felicidade.

E apagar de vez a minha saudade. 

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AMAR É... - Poesia - Por Olavo Nascimento (23/07/2018)

N.A.: Composição inspirada em "Amar É…", febre dos anos 70 que se tornou popular em todo mundo com álbuns de figurinha, cadernos e tudo mais o que podia ser licenciado. Tratava-se de desenhos ilustrados criados por um casalzinho romântico que ficou  muito conhecido. Quem teve a ideia de desenhar os bonequinhos foi uma mulher neo-zeolandesa moradora de Los Angeles. Seu nome era Kim Casali (nome de solteira, Kim Grove) e ela fazia os desenhos para seu futuro esposo, o italiano Roberto Casali. O trabalho foi feito de forma pessoal na década de 60, até que no início da década seguinte, surgiu a chance de publicar isso em formato diário.A primeira tirinha foi publicada em 5 de janeiro de 1970 no Los Angeles Times e foi um sucesso.
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Amar é...
Querer estar sempre com ela,
Preparar jantar à luz de velas,
Levar serenatas à sua janela.

Amar é...
Abrir as portas pra ela entrar,
Ligar o som para se dançar,
Ter vontade de se apaixonar.

Amar é...
Trocar o seu choro por sorriso,
Chegar com flores sem aviso,
Cantar com ela de improviso.

Amar é...
Ver nela tudo que eu almejo,
Ter saudades de seus beijos,
Querer receber seus desejos.

Amar é...
Entender as suas nostalgias,
Sentir sua falta todos os dias,
Colocar seu nome em poesia.

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OS POETAS E A POLACA NO BORDEL (Cordel) - Por Olavo Nascimento (14/07/2018)

Tem uns caras travessos aqui
Com belas prosas na escrita
Me chamando para colocar
Minha comida na marmita
Se aprontar e correr atrás
Das liberadas periquitas 
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Jogaram pra mim uma polaca
Velha, horrível e barriguda
Muito balofa e mal tratada
Querendo macho que lhe acuda
Mas essa transa tão hilária
Nem se houvesse uma ajuda
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Enquanto eles curtem gostosas
Sobrou pra mim esta baranga
Toda sem graça querendo graça
Ao soltar sem jeito sua franga
Que de tão burra não entendeu
A minha bronca e minha zanga
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Mas mostrando como é gulosa
Ela quer abrir pra qualquer um
Mas não vou entrar nessa briga
Não quero dela favores nenhum
Porque sei proteger minha pele
E não vou pagar e lhe dar algum
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Gostaria de ir pro outro time
Cheio de garotas muito belas
Para curtir nesse inferninho
Aquelas que já foram donzelas
E que hoje alugam com amor
Algo saboroso e só delas
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Para entrar na onda do filme
Eu quero ir pro outro lado
Que tem desejo e dá tesão
Mas sei que vou ser rejeitado
Pra querer meu gozo conseguir
Porque não sou um bem dotado
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Até penso em alguma agarrar
Pra tentar quebrar o meu galho
Mas isso nunca vai dar certo
Com a minha pinta de paspalho
Que impede qualquer ousadia
Neste ambiente de agasalhos
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Só receio que a velha polaca 
Vendo tanta bobeira minha
Queira dar Viagra pro molenga
Pra levá-lo até sua caminha
Mas mesmo assim não tem jeito
Ela vai ficar mesmo sozinha
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Mas o pior meus caros poetas                           
É que já vi gente passando mal
Com essas drogas de cor azul
Que levanta tudo em bacanal
Foram muitas dores de barriga
Endurecendo tripas como pau
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Por causa disso não tem polaca
Que me venha com papos finos 
Eu sei que entrei numa furada 
Que me trouxe esses desatinos
Vou deixar caros poetas por lá
E largar todos esses pepinos

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BENQUERENÇA (Rondel) - por Olavo Nascimento (29/06/2018)

Eu estou tencionando sim, 
Mostrar com o meu olhar,
Como trouxeste pra mim, 
O meu desejo de te amar.   

Eu vou insistir até o fim,
Para o seu espaço ocupar,
Eu estou tencionando sim,
Mostrar com o meu olhar.

Seu brilho acendeu enfim,
Uma luz querendo emoção.
Gostei do seu jeito assim,
De entregas numa paixão, 
Eu estou tencionando sim.

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AMOR EM CENA (Rondel) - por Olavo Nascimento (12/06/2018)

Pra colocar você na fita,
Vou contar nossa história,
Entre sorrisos e desditas,
Com derrotas e vitórias.

Este amor nos conquista,
Com uma bela trajetória,
Pra colocar você na fita,
Vou contar nossa história.

Muita gente não acredita,
​Nas idas e vindas do amor,
Mas aqui vai esta escrita,
Com a beleza de uma flor,
Pra colocar você na fita.

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AMOR TATUADO  (Rondel) - por Olavo Nascimento (01/06/2018)

Para você não me esquecer,
Estou deixando minha saudade,
Como prova dum bem-querer,
Que só nos trouxe felicidade.

Minha lembrança num reviver,
Mostrará o amor de verdade,
Para você nunca me esquecer,
Estou deixando minha saudade.

Com tatuagens que não se vê,
Meus beijos estão gravados,
Na sua pele com meu prazer,
Trazendo o que foi amado,
Para você não me esquecer.

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AMOR SEM RESPINGOS (Rondel) - por Olavo Nascimento (30/05/2018)

Chuva que desce lá fora,
Mostra solidão no quarto,
Saudade que não demora, 
Pra trazer o seu retrato.

Não sei se voltarás pra mim,
Com esse tempo tão ruim,
Chuva que desce lá fora,
Mostra solidão no quarto,

Não quero que vá embora.
Pra voltar com seu encanto,
Porque já passou da hora.
Quero seu amor enquanto,
Chuva que desce lá fora.

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DESENCANTO (Indriso) - por Olavo Nascimento (23/05/2018)

"Entre encantos e desencantos... Por que na vida é difícil se manter encantado."
Natalia Felix
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Meu jardim desencantado ficou vazio,
Sem harmonia, beleza e todas cores,
Quando você arrancou as suas flores.

O tempo iluminado ficou mais sombrio,  
Meus belos sonhos viraram pesadelos,
Que me acordam trazendo esse apelo.

Preciso da sua volta querida jardineira.

Pra tornar minha vida mais verdadeira.

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VOO POÉTICO - Por Olavo Nascimento (18/05/2018)

Seu pássaro encantado,
Chegou voando até aqui,
Pedindo pra ser amado,
Com desejo que nunca vi.

Livre pra viver emoções,
Suas cores em beija-flor,
Arrebataram corações,
Tão carentes de um amor.

Seu canto anunciou o dia,
Abrindo minha inspiração,
Que chegou nesta poesia, 
Para compôr uma canção.

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O CANOEIRO - Poesia - por Olavo Nascimento (20/04/2018)

Eu vou contratar um canoeiro,
Para conduzir a minha canoa,
Por águas de rio, mar e lagoa.
Que seus remos alvissareiros.
Consigam devolver para mim, 
A rosa-flor para o meu jardim.

Ela preferiu curtir a natureza, 
Do ar puro, verde das matas,
Cantos das aves e cataratas.
Minha rosa deixou a tristeza,
Ao partir sem dó num adeus.
Não ouvindo os apelos meus.

Esta rosa-flor é a minha vida,
Mulher que quero todos dias,
Que deixou amor em agonia.
Ela nunca vai ser esquecida,
E o canoeiro não pode voltar,
Sem ela no barco a navegar.

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AQUELE E AQUELES - Prosa poética - por Olavo Nascimento (02/04/2018)

Aquele que não planta não colhe,
Aquele que não dança não envolve,
Aquele que não abraça não acolhe,
Aquele que não estuda não resolve.

Aquele que não dorme não sonha,
Aquele que não sonha não realiza,
Aquele que não fala não esclarece,
Aquele que não vê não ilumina.

Aquele que não julga não absolve,
Aquele que não atira não mata,
Aquele que não acode não socorre,
Aquele que não chora não sente.

Aquele que não corre não chega,
Aquele que não persegue não tem,
Aquele que não lê não entende,
Aquele que não escreve, não diz.

Aquele que não luta não vence,
Aquele que não rima não poetiza,
Aquele que não sorri não conquista,
Aquele que não ama não vive.

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EXCITAÇÕES - por Olavo Nascimento (24/03/2018)

Este seu corpo doce e melado,
Que me procura em pele nua,  
Deixa-me bastante extasiado,
Nesta ilha deserta sob a lua.

A noite é nossa companheira,
Com brilho que nos espreita,
Quero-te gostosa  e inteira,
No berço que você se deita. 

Quero inervar dentro de ti,
Provocar a fonte do seu mel, 
Mostrar como é bom sentir,
Prazeres chegando aos céus.

Quero avançar na sua boca,
Com meus beijos atrevidos,
Entregando-se como louca,
Aos arrepios bem sentidos.

Quero amar-te toda assim, 
Tocar sua alma na emoção,,
Trazer seu gozo para mim,
Nos deleites da excitação.

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ILAÇÕES - por Olavo Nascimento (17/03/2018)

Se eu não fosse um poeta, 
Queria apenas ser o verso,
Criando uma rima esperta,
Com alguém que converso.

Quando me falta inspiração,   
Alguma coisa me acontece,
Porque eu vivo com a ilusão, 
De que novo amor acontece.

Meus sonhos são toda luz,
Que dirige a minha caneta,
Com os dedos me conduz,
A dar sentido a cada letra.

Cada flor tem o seu aroma,
Cada canção tem seu tom, 
Colocar os versos na forma,
É sentir beijos com batom.

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SAUDADE POÉTICA - por Olavo Nascimento (06/03/2018)

Enquanto saudade existir.
E sonho ter todos os dias,
Eu sei que vou pressentir,
Inspirações para poesias.

Ainda tenho esperanças,
De um amor de verdade,
Quero suas lembranças,
Tocando minha saudade.

A minha poesia só existe,
Porque eu tenho um amor,
Que pede e ainda insiste,
Em receber rosa em flor. 

Minha sorte foi ter você,
Encontrado minhas linhas,
Porque traz-me o prazer,
De amá-la nas entrelinhas.

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EU QUERO UM PAÍS PARA CHAMAR DE MEU - (Cordel poético)

Eu quero um novo país pra chamar de meu.
Meu será o ano novo vivendo um outro país,
País que tomarei conta e serei o seu dono,
Dono coroado rei para cuidar do seu povo.

Povo que não vai ser esquecido pelas leis,
Leis que vão expurgar os maus dirigentes,
Dirigentes que serão presos e executados,
Executados por deixar o país sem saúde.

Saúde que a população não consegue ter,
Ter um mínimo de consideração e respeito,
Respeito que falta a mandatários indignos,
Indignos que envergonham o nosso Brasil.

Brasil que virou motivo para a corrupção,
Corrupção que mostra trama de mafiosos,
Mafiosos mancomunados com empresários,
Empresários que fazem parte de panelas.

Panelas envolvendo propinas em contratos,
Contratos superfaturados contra a nação,
Nação que vive as agruras de seus ratos,
Ratos de um congresso ainda em esgotos.

Esgotos aonde vou jogar toda a covardia,
Covardia do poder contra pobre cidadão,
Cidadão que será o dono do meu governo,
Governo que vai prender ministro bandido.

Bandido pior do que bandido sem a toga,
Toga de alguns ministros sem a honraria,
Honraria que não passa de cafajestagem,
Cafajestagem que já virou cara-de-pau,

Cara-de-pau de ministro metido a besta,
Besta que nem a besta o quer no bando,
Bando de cavalgaduras que só relincham,
Relincham para não falar tanta besteira.

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INTEIRINHA - por Olavo Nascimento (18/01/2018)

Eu quero você bem inteirinha,
Leve, desejada e cheirosinha,
Querendo tudo no meu quarto.
Vou viajar por seus caminhos,
Colher de ti seus pedacinhos,
Pra não deixar nada no prato.

Eu quero ouvir seus gemidos,
Vindo com prazeres sofridos,
Com ganância e entusiasmo.
Quero seu galopar de cavalo,
Indo e vindo sobre o gargalo,
Para buscar o seu orgasmo.

Quero receber todo seu mel,
Para lubrificar o meu pincel,
Com estrelas sobre a cama.
Quero vê-la cheia de prazer,
Quando ficar dentro de você,
Para mostrar como se ama.
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FRAGMENTOS (Indriso) - por Olavo Nascimento (27/10/2017)

"A felicidade mais elevada é aquela que corrige os nossos defeitos
e equilibra as nossas debilidades."  - GOETHE
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Preciso juntar os pedacinhos, 
Do nosso amor estilhaçado,
Que nos levou pra cada lado.

Ainda sinto os seus carinhos, 
Que ganharam meu coração,
Com sua entrega e sedução.

Só espero que a nossa angustiante saudade.

Nos traga de volta os prazeres e a felicidade.

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ESCRAVO MODERNO - Cordel - por Olavo Nascimento (20/10/2017)

"Acho que me submeto a um trabalho exaustivo, mas com prazer, 
não acho que faço trabalho escravo." 
Gilmar Mendes - Ministro do STF em 19/10/2017, ironizando as reclamações às mudanças na fiscalização do trabalho escravo.
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Eu sou Ministro do Supremo Tribunal, 
Tenho altos salários com mordomias,
Motorista e seguranças tudo normal,
Levo boa vida para curtir todos dias. 
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 

Liberto amigos e bandidos da cadeia,
Não gosto de pobres e da sociedade,
Costumo contestar decisões alheias,
Que combatem crimes e ilegalidade.
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 

Não me importo em ser o rabugento,
Ter cara feia de alguém truculento,
Que mais parece papel de ator vilão, 
Mas não deixo de fechar a cara não.
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 

Meu trabalho escravo tão exaustivo, 
Precisa de um aumento bem abusivo, 
Porque meu salário de cinquenta mil,
Fica longe dos marajás desse Brasil. 
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 

Sempre fui contra julgar Mensalão,
Por causa de políticos meus amigos,
E o mesmo faço com esse Petrolão,
Que pra imputar penas não consigo.
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 

Senzala de ontem é minha mansão,
Tenho casa, comida, viagem barata,
Tudo por conta desse governo bão,
Que até paga por terno e gravata.
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 

Vivo em jantares com investigado,
Livro presidente de ser afastado,
Empresários graúdos nem se fala,
São aliviados como gente da mala.
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 

Sou a favor da antiga escravidão,
Com açoites e negro na corrente,
Porque até para ser escravo bão, 
O coitado deve pegar no batente, 
Eu sou um escravo bem moderno sim,
Mas sou um escravo folgado também. 
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AMORES EM SINTONIA (Prosa poética) - por Olavo Nascimento (08/10/2017)

Minhas poesias podem nascer,
De um amor querido,
De um amor bandido,
De um amor perdido,
E até de um amor esquecido.

Também podem nascer,
De um amor primeiro,
De um amor maneiro,
De um amor altaneiro,
E até de um amor verdadeiro.

Podem nascer ainda,
De um amor sincero,
De um amor que espero,
De um amor que venero,
E até do amor que eu quero.

Ou então podem brotar,
De um amor incontido,
De um amor dolorido,
De um amor revivido,
E até de um amor recém-nascido.

Minhas poesias também se iluminam,
De um amor inteiro,
De um amor caseiro,
De um amor rotineiro,
E até de um amor namoradeiro.

A luz poética também chega,
De um amor austero,
De um amor severo,
De um amor que exaspero,
E até de um amor que eu tempero.

Ou podem florescer ainda,
De um amor não entendido,
De um amor irrefletido,
De um amor imerecido,
E até de um amor rescindido.

Minhas poesias vivem de amores,
Seguindo as flechadas do cupido,
Atrás de sexo com muita libido,
Tanto de um amor desimpedido,
Como de um amor comprometido.

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REENCONTRO (Indriso) - por Olavo Nascimento (30/09/2017)

A felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar. (ARISTÓTELES)
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A minha alegria retornou,
Assim que eu reencontrei,
A mulher que tanto amei.

Agora já sei pra onde vou,
Ao esperar pra ser feliz,
Com você que sempre quis.

Como foi bom pensar e ter paciência com o esperar.

Para fazer e conjugar com você o nosso verbo amar.


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OS PORQUÊS - Prosa Poética - Por Olavo Nascimento (13/09/2017)

Por que a gaiola se eu quero voar?
Por que mordaça se eu quero cantar?
Por que silêncio se eu quero gritar?
Por que distância se eu quero tocar?

Por que impedir se eu quero passar?
Por que desistir se eu quero vencer?
Por que perder se eu quero ganhar?
Por que travar se eu quero correr?

Por que chorar se eu quero sorrir?
Por que vendar se eu quero olhar?
Por que vaiar se eu quero aplaudir?
Por que regime se eu quero provar?

Por que fugir se eu quero encontrar?
Por que censura se eu quero protestar?
Por que errar se eu quero acertar?
Por que a pressa se eu quero chegar?

Por que bloqueio se eu quero avançar?
Por que medrar se eu quero enfrentar?
Por que ignorar se eu quero ensinar?
Por que esquecer se eu quero lembrar?

Por que não ler se eu quero estudar?
Por que não ouvir se eu quero aprender?
Por que sonhar se eu quero realizar?
Por que soltar se eu quero proteger?

Por que separar se eu quero juntar?
Por que apagar se eu quero acender?
Por que decompor se eu quero rimar?
Por que duvidar se eu quero crer?

Por que repelir se eu quero beijar?
Por que morrer se eu quero viver?
Por que magoar se eu quero ama
Por que a outra se eu quero você?

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TRANCA - por Olavo Nascimento (07/09/2017)

Essa rotina dela me abandonar,
E logo depois pedir para voltar,
Já perdeu o fio e toda a graça.
Eu não vou subir em gangorras,
E ficar aturando essas zorras,
Que o seu rosto nem disfarça.

Sua mala já conhece o caminho,
Das idas e vindas ao seu ninho,
Desde quando sai porta afora.
Se ela age assim em cada mês,
Porque não partir de uma vez,
E parar com essa onda agora?

Sua chave não vai mais caber,
E ela está longe de perceber,
Que eu troquei de fechadura.
Ela tem que saber que o amor,
Nem sempre recebe uma flor,
E que só é bom enquanto dura.

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O BRASIL NA LÍNGUA DO "ÃO" - (Cordel) - por Olavo Nascimento (01/09/2017)

O nosso país vive no sufixo ão.
Tem o Hulk e o seu caldeirão,
Faustão gritando no domingão,
Pobres sentindo falta de pão.
E muito político no Mensalão.

Tem motorista na contra-mão,
Morador passeando com cão,
Botando o cocô em cada chão.
Tem muitos tiros em favelão,
Mas também deputado ladrão.

Tem preços caros no sacolão,
Roubo de cargas no caminhão,
Bala perdida ferindo cidadão,
Bandidos escapando da prisão.
E justiça concedendo perdão.

Nosso país não está mole não,
É tanta gente metendo a mão,
Com ministros nesse panelão,
Que a justiça da nossa nação,
Tem que liberar o carteirão.

Tem até o governo do Pezão,
Que deixou o Estado falidão,
Com tanto roubo e corrupção,
Prejudicando a sua população,
Sem emprego e na decepção.

O país tem político safadão,
Que rouba muito sem razão,
Tem Renan, Temer e Lobão,
Cunha, Lula e Cabral raposão,
Com malas e muito dinheirão.

Aqui tem ministro fanfarrão,
Que acha ser dono da razão.
Com sua pinta de resmungão.
Solta bandidos em profusão,
E também um amigo Baratão.

Com essa turma não sei não,
Como vai ficar nosso pendão,
Talvez quem sabe o Sansão,
Pra derrubar esse paredão,
Que protege muito safadão.

Mas a nossa única salvação,
Está bem perto na eleição,
Para trocar essa podridão.
Vamos evitar continuação,
Expulsando ratos do porão.

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NO CINEMA - por Olavo Nascimento (25/08/2017)
Naquele escurinho do cinema,
Ela tocou no que tanto queria,
E fiquei surpreso num dilema,
Se devia mostrar o que sabia.

Meu tesão logo se apresentou,
Meu toque seu colo encontrou,
Carícias acalentaram desejos,
Entre trocas de nossos beijos.

Nossa vontade acendeu paixão,
Levando a sonhos bem ousados,
Guiados agora por nossas mãos,
Com ambos sexos despertados.

Ela logo se chegou bem quente,
Pedindo para irmos em frente,
Até que fosse colhido seu mel,
E o meu deleite tão evidente.

Aquele prazer até que mereço,
Mesmo com filme longe de mim,
Nós conseguimos ver o começo,
Mas não entendemos o seu fim.

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RABO DE PEIXE - por Olavo Nascimento (23/08/2017


Caminhando descalça na areia,
Com seus pés na água do mar,
A lua apresenta minha sereia,
Em sensual convite pra amar.

Vestido molhado mostra ela,
Seminua por baixo dos panos,
Pronta para viver noite bela,
Nas praias do nosso oceano.

O seu canto o mar não levou,
Porque estou bem encantado,
Com o recado que ela enviou,
Como se eu fosse seu amado.

Nunca vou nas ondas me jogar,
Atrás do seu modelo de peixe,
Porque depois de tanto amar,
Só espero que não me deixe.

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REPLANTIO - por Olavo Nascimento (19/08/2017)
Vou extirpar ervas daninhas,
Da minha terra sem espaços,
Pra colocar novas plantinhas,
Como eu gosto e sempre faço.

Aqui se planta e aqui se colhe,
Muito nos diz famoso ditado,
Mesmo errando o bem amado,
A gente só tem o que escolhe.

Quero chegar noutro jardim.
Pra colher flores sem recusa,
Porque com esse aroma enfim,
Eu vou estar com outra musa.

Que ela traga mais inspiração,
Com sua pele querendo prazer,
Porque sem versos em emoção,
O poeta não sabe o que fazer.

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SEDUÇÃO - Por Olavo Nascimento (09/08/2017)


Ela chegou de repente e produzida,
Mostrando que estava muito a fim,
Puxou cadeira, pediu uma bebida,
Acendeu o cigarro, sorriu pra mim.

Sentou à mesa bem pro meu lado,
Com olhares claros e insinuantes,
Querendo que aquele seu recado,
Fosse todo meu naquele instante.

Suas coxas numa sainha repuxada,
Mostrou pele sedosa sem estrias,
Cruzada de pernas nada acanhada,
Pagou calcinha livre pra aquele dia.

Seu rosto em maquiagem atraente,
Seus peitos num decote desinibido,
Levou-me pro sexo imediatamente,
Trazendo muita tesão para a libido.

Seu meneio de cabeça convidando,
Pra que entrasse naquela emoção,
Foi o sinal que me deixou amando,
Para sempre esta mulher sedução.

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POESIA SEM MUSA - por Olavo Nascimento (28/07/2017)

Experimental Sextilha Real
Uma criação de Silvia Regina Costa Lima - Teoria Literária

Pedi ao meu querido Antônio Santo,
Para trazer pra mim uma namorada,
Que ele encontrasse nas estradas.
Mas ele disse-me pra meu espanto,
Que não iria entrar nesse permeio,

Porque eu sou um cara muito feio.
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Corri então pra frente do espelho,
Pra retocar minha triste fachada,
Mas não deu pra melhorar em nada.
O que vi foi a bruxa num conselho,
Dizer pra procurar a minha turma,
Mas nem sei como isso se arruma.
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Dizem que boniteza não põe mesa,
Mas elas nem ligam para isso não,
Na hora de entregar seu coração.
Pra mim é uma grande estranheza,
Que me entristece todos os dias,

Por não ter musa na minha poesia.
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AMOR SOB MEDIDA - Indriso - por Olavo Nascimento (24/07/2017)

"Ninguém é tão grande que não possa aprender,
nem tão pequeno que não possa ensinar" - ESOPO
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O meu amor por ti é muito intenso,
Mas acho pouco e quero aprender,
Um jeito nobre de conquistar você.
Esse amor com tamanho imenso,
Pode até ser sem jeito para amar,

Mas nunca pequeno para ensinar.
Pequeno ou grande o meu amor é todo seu.
E quero continuar a viver tudo o que já viveu.
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COM E SEM VOCÊ - Experimental Poetetras

Seu
Amor
Conseguiu
Aprisionar-me
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Com
Beijos
Molhados
Irresistíveis
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Que
Chegam
Querendo
Aconchegar-se
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Na
Minha
Vontade
Apaixonante
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Sem
Você
Ficarei
Desgovernado
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Não
Quero
Lamentar
Despedidas
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Vou
Voar
Curtindo
Liberdade
-----------------------
Pra
Poder
Encontrar
Felicidades
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OBS: "POETETRAS" é um estilo Experimental criado por Norma Aparecida Silveira de Moraes, construído em quadras poéticas com um monossílabo, um dissílabo, um trissílabo
e um polissílabo com quantos versos quiser.
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DA COR DO OURO E DA MAÇÃ - Dueto poético

Participação:
Poeta Olavo (Versos pares)
Heloísa Mamede (Versos ímpares)
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Um dia um poeta viu uma mulher a passar,
Trazia no seu olhar um desejo de esperança,
Fitou a mulher ao poeta no seu caminhar,
Bateu seu coração trazendo uma lembrança.
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O que mais chamou a atenção do poeta,
Que deixou a sua mente tão irrequieta,
Foi seu lindo olhar com brilho tão belo,
E o seu caminhar num vestido amarelo.
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Seu corpo um vestido amarelo contornava,
Sapatos de cetim, tão graciosa ela andava,
O olhar fixo do poeta um desejo despertou,
Coração disparado, a ele ela tanto almejou.
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Os seus lábios encantando um sorriso,
Trazendo as cores d'um lindo carmim,
Mostrou para o poeta um terno aviso,
Que ela queria ser a sua musa enfim.
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Ao passar pelo poeta seu perfume ela sentiu,
No seu charme sensual, ele dela se acercou,
Entreaberta camisa de seda a pele dele coloriu,
Lábios dela de carmim, doce beijo provocou.
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Beijos vermelhos chegaram de repente,
Deixando o poeta surpreso e sem ação,
Mas ele gostou demais, ficou contente,
Com aquele gesto de carinho e emoção.
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A musa olhos entreabertos, encantada despertou,
Junto dela, abraçando-a num sorriso extasiado,
Nos seus lábios de carmim, devagar, ele beijou,
Sentiram juntos o prazer do gosto dum pecado.
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Um pecado que começou com Adão e Eva,
Que até hoje faz a fruta ser consumida,
Por ser uma fruta gostosa que nos eleva,
Para as delícias do sexo e amor na vida.
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NOVA MORADIA - por Olavo Nascimento (24/06/2017)
Como um grande vencedor,
Eu nunca mais vou desistir,
De chegar nesse seu amor,
Que agora acabei de sentir.

Se você quer uma moradia,
Para preencher esse lugar,
Então vou estar noite e dia,
Sempre pronto pra te amar.

No seu leito eu vou pousar,
Para adentrar o seu ninho,
E nunca mais quero deixar,
Esse coração tão sozinho.
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ESPINHOS (Experimental Decanato) - por Olavo Nascimento (24/06/2017)


Temos que trazer pra nossa solidão,
As saudades que chegam ao coração,
Pra que se abrace uma nova emoção.

Se alguém nos deixou triste na vida,
Por partir sem adeus na despedida,
Não adianta chorar a causa perdida.

Procurar por outras vias e caminhos,
Novos beijos, aconchegos e carinhos,
É trazer lindos sonhos sem espinhos.

Espinhos que vão ferir outros ninhos.

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N.A.: - Decanato poético é uma criação experimental
da poetisa Norma Aparecida Silveira de Moraes
Três tercetos rimados + verso livre
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DUETO EM FLORES

Participação de Poeta Olavo com Heloísa Mamede
Os versos ímpares são dele e os pares dela
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Minha poesia quer reagir,
Com nova musa pra amar,
Alguém que eu pressenti,
Que pra mim vai chegar.
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Sentada a musa em seu jardim
Medita sobre o poeta conquistar
Ao seu redor anjos e querubim
Lhe ensinam o segredo do poetar.
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Quero chegar nesse jardim,
Sem qualquer ar de recusa,
Porque com essa ode assim,
Conquistarei a minha musa.
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A musa o jardim quer ornamentar,
Mistura de azaleias, orquídeas e rosas,
Se enfeitam com alegria belas e viçosas,
Meu coração ao poeta vou entregar,
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Então entregue-me seu coração,
Entre os aromas do seu jardim,
Porque quero amá-la com paixão,
Trazer você inteirinha pra mim.
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A musa vai entregar seu coração,
Seus sonhos de amor e emoção,
Desperta o poeta o seu imaginar,
Juntinhos no jardim a lua a olhar.
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Quero pousar em sua terna flor,
Abrir suas pétalas atrás do mel,
Saciar a fome desse meu amor,
E lhe trazer estrelas lá do céu.
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Em um sonho de desejo, eu flor orvalhada,
Te achei sedento com lábios ávidos de paixão,
Sugavas minhas gotas de orvalho perfumadas,
Que caíam das minhas pétalas úmidas de emoção.
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Quero sugar o que vem de você,
Sorver o seu mel na minha boca,
Provocar seus gemidos de prazer,
Que tanto me pedes como louca.
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Ao amanhecer, pétalas de rosas perfumadas,
Caíram no meu regaço e no chão do meu jardim,
Procurei então por ti, louca de amor inebriado,
Meu corpo apenas coberto com aroma de jasmim.
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É nessa flor que vejo umedecida,
Com pétalas em gotas se abrindo,
Que eu quero para a minha vida,
De prazer d'um amor bem-vindo.
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Em nosso encontro trilharei teu caminho,
Teus lábios em meus montes de prazer,
Beberei seu néctar como se fosse vinho,
Em gozo, vou gritar: tua sempre quero ser!
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Grite mesmo anunciando seu prazer,
Receba minha língua no seu pontinho,
Quero vê-la suspirar e estremecer,
Com sua boca pegando meu gostinho.
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Nossos corpos desnudos, tão suados,
Eu em você, você em mim, gozo de paixão,
Juntos em louco frenesi arrebatados,
Nosso gozo no prazer da emoção.

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PEDIDO DE BIS (Sextilha) - por Olavo Nascimento (20/06/2017)

Tudo começou naquele nosso dia,
Para a gente nunca se esquecer,
Como foi bom esquentar amores.

Hoje, luzes da manhã me sorria,
Trazendo seus gostos no prazer,
Lembrando êxtases com flores.

Meu coração está vivendo você,
Com muita vontade de ter mais,
Desse amor com tantos beijos.

O nosso enlevo tem tudo a ver,
Porque esse amor está demais,
Por satisfazer nossos desejos.

Quero tê-la em outras noites,
Revivendo a mesma excitação,
Que somente você me causou.

Quero que esse novo pernoite,
Chegue quente ao meu coração,
Pra aquecer de vez esse amor.

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QUE PAÍS É ESSE? - (Cordel) - por Olavo Nascimento (23/05/2017)

Nesse país tudo que se planta dá,
Desde os tempos do nosso Adão.
Terra abençoada floresce feijão,
Mas também trás político ladrão.

Nossa terra basta jogar caroços,
Em canteiro, horta e até no chão,
Mas dinheiro na mala e corrupção,
Estão sempre com político ladrão.

Nesse Brasil tão mal comandado,
De acordos fajutos e do cuecão,
Já teve alguém chamado de anão,
Manipulando orçamento da nação.

Nesse país que mexe panelinhas,
Para fugir de crimes e da prisão,
Já liberou bandidos do Mensalão,
Como um famoso barbudo-chefão.

Nesse país de conversas ocultas,
Com Temer e dedo-duro no porão,
Com Lula enrolado até o pescoção,
Só traz para nosso povo desilusão.

Nesse Brasil de ratos e raposas,
Das farinhas dentro de um sacão,
Cada um prendendo rabos na mão,
Para se livrar de uma condenação.

Nesse país de gente engravatada,
Botando no bolso imposto do povão,
Agora só quer propinas com bilhão,
Porque mixaria não é com eles não.

Cada dia surge uma surpresa nova,
Estarrecendo de vez a população,
Pode ser Aécio e dono do frangão,
Como partidos sugando o Petrolão.

Nesse país tem molusco esperto,
Que nunca sabe de nada e diz não,
Quer enrolar juiz da condenação,
Culpando esposa morta na ocasião.

Meu querido país da política suja,
Tem o Cunha, o Cabral e o Lobão,
Envolvidos em prêmio da delação,
Que o Moro não vai dar mole não.

A máfia que se instalou no Brasil,
Não se contentou com pouco não,
Contas na Suíça de muito milhão,
Mostrou o tamanho da corrupção.

Nesse país temos que acreditar,
Que a justiça vai colocar a mão,
Nesses caras que roubam o pão,
Que tanta falta faz ao cidadão.

Nosso Brasil de gente ordeira,
Quer o pulso forte sem perdão,
Colocando todos eles na prisão,
Pra honrar a nossa constituição.

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LÁGRIMAS POÉTICAS - por Olavo Nascimento (05/06/2017)


Eu choro pelo abandono,
Pela tristeza que tenho,
Por não ser mais o dono,
De você no meu desenho.

Eu choro pela esperança,
Que você tomou de mim,
Eu choro como a criança,
Querendo um colo enfim.

Eu choro pela escuridão,
Pela clareza da verdade,
Que trouxe-me a solidão,
E um monte de saudades.

Eu choro pela falta cruel,
Que me faz a inspiração,
Pelas palavras sem o mel,
Que me trazem confusão.

Eu choro por terna musa,
Que guiava meus versos,
Mas que agora se difusa,

Para lados controversos.

Eu choro por uma poesia,
Que deixei de versejar,
Por tudo que ela queria,
E que hoje não quer mais.

Minha poesia quer reagir,
Com nova musa pra amar,
Alguém que eu pressenti,
Que vai tomar seu lugar.
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ELA SÓ DIZ NÃO (Cordel) - por Olavo Nascimento (15/05/2017)

Não sei mais o que eu faço
Pra conquistar seu coração
Tento ganhar o seu abraço
Mas só encontro rejeição.

Tudo de bom que ofereço
Ela fala não precisar não
Quando tento seu apreço
Vem logo um não tem não.

Lhe ofereci bela viagem
Na boleia d'um caminhão
Pra passear pelo sertão
Mas a seca trouxe o não.

Já tentei um bom jantar
De um famoso bandejão
Mas arroz, ovo e feijão
Não era o seu gosto não.

Entrar no meu fusquinha
Sem farol e bem velhão
Que só sai no empurrão
Ela também não quis não.

Já ofereci casa e comida
E roupa lavada com sabão
Mas goteiras no barracão
Chegaram com outro não.

Tentei guiar suas férias
Dando passagem de avião
Mas ir para Afeganistão
Ela não quis também não.

Tentei um país tranquilo
Como Síria, Irã e Gabão
Mas bombas e explosão
Fez ela dizer outro não.

Convidei-a pra um safári
Pra caçar na África leão
Mas pegar a fera na mão
Ela fugiu dizendo um não.

Tudo que fiz pra agradar
Com boa ideia e intenção
Não amaciou seu coração
Pra aceitar minha paixão.

Não sei porque recusou
Meus mimos de coração
Mas agora nossa paixão
Não tem mais jeito não.

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VIVENDO VOCÊ (Decanato) - por Olavo Nascimento (11/05/2017)


Minha saudade não vive sem você,
Minha saudade agoniza por querer,
Minha saudade tem um nome: você!

Meus olhos só querem mirar você,
Meus ares só querem sentir você,
Minha voz só fala um nome: você!

Minhas mãos só querem tocar você,
Meus ouvidos só querem ouvir você,
Meu coração só quer alguém: você!

Minha vida só quer uma vida: você!


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MORMAÇO

Um dueto poético versando sensualidade entre NAJET CURY e POETA OLAVO
(Versos dela em "números ímpares" e os dele em "números paresl"

Como esquecer as horas extasiantes
que, de belas, pareceram curtos instantes
no frenesi que nos enlouqueceu?
Como esquecer as carícias
contendo a volúpia e delícias
que numa noite nosso amor viveu?
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Não dá mesmo pra esquecer
Tudo que encontrei em você
Quando seus lábios beijei.
Seu gosto chegou pra mim,
Trazendo a atração enfim,
Da mulher que tanto amei.
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Como não desejar mais momentos
nossos corpos entrelaçados... ardentes,
perdidos no outro, tão achegados?
Como passar esta noite sem tuas mãos
apertando as minhas com sofreguidão,
na explosão de desejos ilimitados?
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Como posso deixar de lhe encontrar,
Se a vontade que tenho de lhe amar,
Nunca se apagou ou ficou no desvio?
Quero que você seja a minha tigresa,
Procurando macho libidinosa e acesa,
Como toda fêmea se chegando no cio.
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Acendes em mim a inconfessável chama
E cada fibra do meu corpo inflamas
Na explosão do teu desejo que me busca.
Como posso aos teus apelos resistir,
Se me dominam e me fazem sentir
Fêmea subjugada ao fulgor me ofusca?
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Quero vê-la rastejando pela cama,
Com toda a ganância de quem ama,
Por não aguentar mais tanto tesão.
Quero passear sobre sua pele nua,
Implorando pra que logo a possua,
Para extasiar de vez nossa paixão.
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Enlaça-me... acorda meus sentidos
Tuas mãos vadias em gestos atrevidos
Invadem-me e me despertam! Que faço?
Como deixar de te sentir em mim
Se teu poder viril me prende assim
No embalo e volúpia de teu abraço?
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Sinto você quente se entregando,
Pedindo mais toques lhe amando,
Nos aquecendo nas preliminares.
Quero seu corpo todo se abrindo,
Pra transar esse amor tão lindo,
Que nos leva para altos-mares.
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Vem sem pudor... sem embaraços,
Completa o meu desejo no mormaço
de tua vontade selvagem... irrefreável.
Avança... segue teus instintos,
sequiosos... intensos... famintos,
que te fazem amante indomável!
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Então venha aqui com seu mormaço,
Porque sei muito bem como eu faço,
Pra levá-la aos céus com seu gozo.
Mexa e remexa animando a dança,
Com gemidos adorando a comilança,
Que alimenta esse amor tão guloso.

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PAQUERA POÉTICA - por Olavo Nascimento (24/04/2017)

Vou montar minha poesia,
Sem entrar em sua casa,
E manchar o seu colchão.
Ela quer essa noite fria,
Com todo fogo na brasa,
Pra mostrar sua versão.

Meu poema só quer amor,
Da minha musa preferida,
Pra seus versos alcançar.
Quer amá-la com fervor,
Como nunca amou na vida,
Pra seu gosto conquistar.

Minha poesia quer nascer,
Nos braços de quem ama,
Para chegar ao pedestal.
Ela só versa com prazer,
Com você na minha cama,
Numa entrega sem igual.

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QUERO-TE INTEIRINHA (Prosa poética) - por Olavo Nascimento (15/04/2017)

Quero seus olhos mirando os meus como se fosse amor à primeira vista,
Quero seus ouvidos coladinhos à minha voz revelando desejos meus,
Quero seus cabelos para acariciá-los e envolvê-los em meus dedos,
Quero sua boca sedenta e pronta para sentir o gosto dos beijos meus,
Quero passear e sugar seus mamilos como se fossem favos com mel,
Quero seu cheiro libidinoso exalando meu corpo com cheiro de pecado,
Quero sua pele sensível e arrepiada roçando meus pelos extasiados,
Quero prender suas curvas à força dos meus braços para lhe possuir,
Quero você toda nua recebendo meus afagos em todos os seus lados,
Quero tocar em seus pontos vulneráveis para deixá-la bem no ponto,
Quero chegar à sua alma invadindo o seu ser no nosso gozo de prazer,
Quero deixar plantada minha semente no solo fértil do nosso amor.

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ASSÉDIO POÉTICO - por Olavo Nascimento (04/04/2017)

Pensando em ti trago poesia,
Soltando vozes numa canção,
Seu olhar minha ode irradia,
Brotando versos no coração.

Preciso passar com versos,
Este bom recado pra você,
Pra que sonhos submersos,
Encontrem o nosso prazer.

Que essa singela melodia,
Venha a tomar conta de ti,
Pra livrar minha nostalgia,
Com algo que nunca senti.

Se você abrir a sua guarda,
Para entender o meu amor,
Verá que o poeta não tarda,
Para assediar com uma flor.

Ter você em meus braços,
Sentindo sua sensualidade,
É preencher meus espaços,
Com uma grande felicidade.

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ELA E EU (Tautograma) - por Olavo Nascimento (03/03/2017)

Ensejava
Esse
Encontro
Em
Eterna
Esperança
Entre
Ela
E
Eu
Enquanto
Embalava
Essa
Estreita
Empatia
Existente
Em
Escritas
Evidentes
Exalando
Essências
Estreladas
Encobrindo
Espaços
Esvaziados
Em
Êxtases
Encantadores

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ANGÚSTIA - por Olavo Nascimento (22/03/2017)

A solidão é companheira,
Duma tristeza sem fim,
Preciso de você inteira,
Para expulsá-la de mim.

Longe de ti trago poesia,
Para meu triste coração,
Seu amor foi meu um dia,
E deixou-me sem perdão.

A falta que você me faz,
Deixa-me muito carente,
Mas tudo pode melhorar,
Com o seu amor ardente.

Retornar às madrugadas,
Com você me provocando,
Na nossa cama iluminada,
É o que estou precisando.

Depois que lhe abandonei,
Perdi meu rumo no olhar,
Porque só agora bem sei,
Como é gostoso te amar.

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MULHERES NUM ESTILO - (Três quadras em EcoSys homenageando o seu dia)

Mãe: três letrinhas que gira um mundo,
Mundo que floresce um filho com amor,
Amor tão sublime que não existe igual,
Igual nunca haverá como amor de mãe.

Dia internacional em louvor à mulher,
Mulher que representa o amor maior,
Maior com sua sublime maternidade,
Maternidade que faz raiar nosso dia.

Mulher sempre fará parte da gente,
Gente que chega de viagem por elas,
Elas que irrigam todas as sementes,
Sementes gerando vidas pela mulher.


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FE-LI-CI-DA-DE (Experimental SilabaSys)

Fecundo é esse nosso amor
Liberando mel e sementes
Ciclo duma vida em enlevos
Da sua pele chega êxtaes
De uma eterna felicidade.


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JORROS - (Indriso) - por Olavo Nascimento

"Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor pra te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti"

Trechos da canção 'BORBULHAS DE AMOR" de Juan Luiz Guerra / Versão de Ferreira Gullar
interpretada por Fagner
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Quero mergulhar em suas águas
Derramar dentro de ti todo prazer
Que sinto quando estou com você.

Quero que apague todas mágoas
Que ainda machucam seu coração
Acolhendo-me com amor e paixão.

Quero lavar a minha alma com o seu doce mel.

E trazer para seus olhos todas estrelas do céu.

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UM JEITO DE AMAR - Um dueto em Experimental Ecosys
Com participação da poetisa Gisely Poetry - Versos 1 e 3 (dela) e versos 2 e 4 (meus)

Gosto do teu jeitinho
Jeitinho de me cortejar
Cortejar pra reconquistar
Reconquistar pra provar meu gosto

Jeito meu de amar é assim,
Assim eu procuro conquistar,
Conquistar a musa escondida,
Escondida bem pro meu jeito.

Teu encanto me seduz
Seduz á luz do luar
Luar esse do meu ser
Ser musa no coração teu.


Meu coração já lhe pertence,
Pertence a ti minhas poesias,
Poesias que sonham com você,
Você que conquistou tudo meu.

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DELÍRIOS (Indriso) - por Olavo Nascimento (16/01/2016)

EU QUERIA SER UM BASEADO PARA NASCER EM SEUS DEDOS, MORRER EM SEUS LÁBIOS E FAZER A SUA MENTE (Bob Marley - famoso músico popular jamaicano (1944/1981).
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Esse teu jeito de me acordar cedo,
Crescendo-me entre os seus dedos,
Provoca-me vontade de lhe querer.

Queria morrer dentro da sua boca,
Quando me incita como uma louca,
Pra me extasiar com tanto prazer.

Que você entenda e coloque em sua mente

Que esse nosso amor já faz parte da gente

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QUERO VOCÊ SOMENTE PRA MIM -  (01/12/2016)

Deixe de procurar outros caminhos,
Venha cobrir de flores meu jardim,
Receber com fervor meus carinhos,
Porque quero você pronta pra mim.
Vamos deixar de falar em saudade,
Tentar estreitar a distância enfim,
Porque só conseguirei a felicidade,
Quando tiver você todinha pra mim.

Quero envolvê-la em meus abraços,
Sentir calor que vem da sua chama.
Tomar conta de todo o seu espaço,
Para você pressentir como se ama.

Quero você longe de outros poetas,
Que sempre vejo em horas incertas.
Melhor bailar comigo uma sinfonia,
Musa preferida das minhas poesias.

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MEL COM ESTRELAS (Indriso)  (30/11/2016)

Então venha depressa e se entregue.
Mostre seus desejos e não me negue
Todo amor gostoso que vem de você.

Quero o seu corpo quente extasiado,
Sedento e com gana para ser amado,
Procurando como louca o seu prazer.

Que o brilho das estrelas invadam o nosso quarto.
Jorrando em nossa cama a mistura do nosso mel.

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NINHO DO BANDOLIM  (05/12/2016)

Meu amor de poeta apaixonado,
Não cansa de sonhar acordado,
Com a sua musa a todo instante
Mesmo com seu pouso distante.

Também quero chegar em você,
Estrela que guia a minha mente,
Porque não existe maior prazer,
Do que extasiar o que se sente.

Sua pele aconchegando a minha,
Sua boca irrequieta e desejada,
Eu quero fazer de ti uma rainha,
Que nunca se sentiu tão amada.

Que nossos instantes sublimes,
Sejam abrigados por querubim,
Pra que esse amor se confirme,

Entre seu ninho e meu bandolim.

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AMANTES DO PRAZER
Um dueto poético composto em quadras intercaladas com a poetisa LILIAN VARGAS.
Os meus textos são os ÍMPARES e os dela são os PARES.

Se existe amor à primeira vista,
Então o seu olhar me conquistou.
E se o seu sorriso for uma pista,
É pra perto de você que eu vou.

Sua presença me inebria...
Quero somente contigo ficar.
E viver intensamente a magia,
Que só faz o desejo aumentar.

Quero envolvê-la em meus braços,

Acariciar nos dedos seus cabelos,
Estreitar muito mais nossos laços,
Satisfazer com amor seus apelos.

Quando penso em ti não resisto,

Quero em teus braços me enlaçar.
Então, fecho os olhos e me inspiro,
Deixando o desejo me dominar.

Você estando cheia de desejos,

É tudo que procuro nesta hora,
Correr suas curvas com beijos,
Pra deixá-la arrepiada agora.

Sua boca deslizando em meus seios,

O calor da excitação no corpo a queimar.
Não deixarei você abandonar este leito,
Sem antes nossas fantasias vivenciar.

Com seu corpo ardendo de excitação,

Minha língua não para em cima de ti,
Sugo seus mamilos com o meu tesão,
Latejando em sua porta para abrir.

No âmago dos corpos exalando calor,

Sinto meu sexo úmido e quente,
Recebo-te no ninho sem nenhum pudor,
Entorpecida nesses momentos ardentes.

Seu corpo nu de pele quente e sedosa,

Estou percorrendo de cima para baixo,
Minha boca chegou a sua toca melosa,
Abrindo suas pernas pro meu encaixo.

Sua língua queima como fogo!

Estremeço, grito... pareço insana.
Entre gemidos seu corpo afago,
Na alcova meu corpo arde e clama.

Invadir este ninho eu sempre quis,

Tocando agora seu fundo eu estou,
Mexa e umedeça ele dentro de si,
Goze comigo como pede este amor.

No ápice de ofegantes movimentos,

Nossos corpos no desejo extremo.
O êxtase chega a nós neste momento,
Quedamos,saciados enfim,no gozo supremo!

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PRIMEIROS AMANTES (Indriso) - 12/11/2016

Dizem que ela veio de uma costela,
Que foi pinçada de um certo Adão.
E agora sinto que não vivo sem ela,
A minha Eva de tanto amor e paixão.

Com maçã e serpente chegou pecado,
Num paraíso sem almas e sem trevas,
Ao desejar o primeiro homem amado.
Deixou a tentação para outras Evas.

Adão saboreou a maçã de Eva que lhe foi oferecida com sensualidade.

Porque não deu pra segurar a excitação paradisíaca da sua serpente.

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ELAS POR ELAS (Indriso) - 08/11/2016

Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas. (VINÍCIUS DE MORAES)
Mulheres comportadas raramente fazem história. (MARILYN MONROE)
Mulher apaixonada faz o mundo girar ao contrário. (CILLENO COPIA)
A mulher no aniversário, sempre deseja que a gente esqueça do seu passado, nunca do seu presente. (ENO THEODORO WANKE)
A mulher é o aperitivo que ajuda o homem a engolir o prato indigesto da vida. (NOEL ROSA)
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Mulheres fizeram e ainda fazem a diferença,
Com a sua beleza, a sua garra e a sua arte,
Que abraçam este mundo de forma intensa.

São mulheres que merecem um estandarte
Por seu poder, sua inteligência, sua escrita,
Por seu amor de mãe com a bênção infinita

Elas pra mim são as Luízas, Marias, Rosas, Lilian's, Anas, Edna, Gisely, Lena, Lúcia, Norma, Najet, Cristina, Carla, Iolanda, Cle, Conceição, Teresa, Fernanda, Irlene, Carminha e muitas outras poetisas que adoçam um Recanto. 

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VAZIOS (30/10/2016)

Perdas e abandonos trazem tristezas ao coração
Que escolhe um amor pra se entregar e desejar.
São momentos fogosos vividos com grande paixão
Que viram pó voando no espaço vazio a pleno ar.

Sentir-se com o coração vazio é estar sem nada.
É como se estivesse num vácuo curtindo a solidão
De alguém que foi abandonado pela sua namorada,
Ou de um cego sem destino no meio da escuridão.

O que seria da saudade se não houvesse o vazio?
E o que seria do vazio sem as doces lembranças?
Enquanto a saudade viva acaba no retorno tardio
A saudade eterna traz um vazio sem esperanças.

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AMOR À FLOR DA PELE - Um dueto em tercetos
Participações: Poeta Olavo (versos em "ELE") e Najet Cury (versos em "ELA")

"ELE"

Encontro-te versejando com girassóis
Brilhando junto com o amarelo da flor
Entoando canções com a sua lida voz.

Acho que vou esse deleite aproveitar
Pra mostrar como é sincero meu amor
Pegando-a em minhas mãos pra dançar.

"ELA"

Tu me vês envolta de douradas flores!
São assim meus amanheceres de amor,
Girassóis... beleza impar sem olores.

Tuas mãos, são macias... acariciantes!
Dança comigo... estremece-me em langor
acordando-me desejos alucinantes.

"ELE"

Minhas mãos querem desfolhar girassóis
Como no bem-me-quer das margaridas
Quando tira a sorte no amor para nós.

Que esta sorte devolva você pra mim
Livre e pronta para ser bem aquecida
Por meus braços, beijos e tudo enfim.

"ELA"

Olha! Sou frágil flor por ti apaixonada...
Se me tomas em tuas mãos... nem sei...
chamarei sorte ou almas entrelaçadas?

Tento fugir... teu amor me atrai... é sedução
Vem o desejo intenso... Ah, eu bem sei...
Há em ti o mundo... magia de noites... paixão!

"ELE"

Então venha e se enlace em minh'alma
Faça do meu corpo sua grande morada
Entregue-me seu amor que me acalma.

Quero sentir seu gosto e o seu cheiro
Tocar na sua pele, deixá-la extasiada
Tomar conta de seu enlevo por inteiro.

"ELA"

Ao te abraçar alcançar-te-ei a alma...
Se ali escondes um amor ardente,
saciarás a sede que me rouba a calma...

Abre-me teus braços... arranca-me de mim
Aquece-me na chama de teu corpo quente
Sê o meu início... serei teu meio e fim!

"ELE"

Saciar a minha sede com seu doce mel
Passear em seu corpo sem resistências
É tudo que quero pra levá-la aos céus.

Quero descobrir todos seus caminhos
Que façam-me esquecer as carências
Com a falta de seus beijos e carinhos.

"ELA"

Ah... doces expectativas me animam!
Meu pensamento voa e perco a razão...
Emoções me arrebatam e me dominam.

Quero viver os arroubos em teus braços...
aumentar teu desejo... saciar a paixão,
em teu corpo... perder-me em teu mormaço.

"ELE"

Então perca a razão, venha bem sedenta
Pra trocarmos carinhos nas preliminares
Porque nesse tesão a gente não aguenta.

Quero recuperar os momentos que perdi
Quero navegar por todos os seus lugares
Deixá-la em deleite quando dentro de ti.

"ELA"

Ouvir teu chamado é ouvir apelos meus...
correr para os teus braços... parece sonho
para leito de perfumes e de desvelos teus.

Dou-me ao amor ansioso e aflito
de esperas mescladas em tons risonhos
puro êxtase nos leva ao infinito.

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AMOR MARCADO (Tautogramas)

Aconchegar
Amores
Amar
Antes
Agora
Após
Ainda
Até
Além
Adiante
Aqui
Ali
Acolá
Amar
Assim
Ama-se
Afinal


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MEU BARRACO (Indriso) - (09/10/2016)

A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão.
Tu pisavas nos astros, distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão

SILVIO CALDAS/ORESTES BARBOSA
Último sexteto da canção "CHÃO DE ESTRELAS"
---------------------------- Meu barraco no alto da favela,
Sente falta da cabrocha bela,
Que alegrava o meu coração.

Ela fazia daquele meu ninho,
Ponto de parada no caminho,
Para entregar-se com paixão.

Deixou saudades estreladas pelo chão de terra batida.
Que sobem em minha cama nas noites mal dormidas.

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DUETO PRAZER – Poeta Olavo / Maria de Fatima Delfina de Moraes 


Poeta Olavo

Quero você morta de desejos,
Com corpo ardendo de prazer,
Se excitando com meus beijos,
Se entregando ao meu querer.

Quero sentir você toda minha,
Ao pegá-la no colo até a cama,
Deixá-la toda nua e taradinha,
Atrás do amor que lhe inflama.

Quero me abrigar no seu ninho,
Invadir sua porta sem licença,
Procurar seu gozo no caminho,
Com a sua vontade tão intensa.
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Maria de Fatima Delfina de Moraes

Amor, aceito mergulhar em teus desejos
e tão intensa quanto pura eu me vejo
a levitar em tuas carícias, teu bem querer,
eu te sussurro, quero provar do teu prazer.

E ao sentir-me em teus braços, em tua cama,
é com ternura que ao teu corpo me entrelaço
e em teu beijo de amor me faço chama
ascendes o fogo, no calor de teu abraço.

Eu te permito adentrar os meus caminhos
e tão intensa quanto louca, a estremecer
mais te envolvo em meu corpo - o teu ninho
e é no gozo que sinto te pertencer.

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REENCONTRO - Um dueto em dez sextilhas

Participação de Najet Cury e Poeta Olavo
Os versos dela indicados por "ELA" e os dele por "ELE"

"ELA"

Que amor é este que me trazes?
Não vejo sentido e nem bases
quando te escondes em incoerências!
Que amor é este se me prometeste
Diferentes emoções e esqueceste
que fugas deixaram consequências?

"ELE"

Amar tem seu jeito e consequências,
Tem loucuras, sumiços e promessas,
Tem sentido, perdões, incoerências,
Que ligam saudades bem depressa,
Para mostrar em breves aparências,
Como seu aconchego me interessa.

"ELA"

Que faço? Estas incertezas... Ah! Quantos momentos
Perderam-se nas curvas do tempo,
Pensando em ti e te querendo tão somente!
Entre incertezas as loucuras desejei...
Nelas viajava e, sentindo-as, me embriaguei
Mergulhando em teu mundo simplesmente!

"ELE"

Muito embora minhas incoerências,
Lhe deixam sem saber o que fazer,
Quero dizer que minhas ausências,
Não me impediu de gostar de você,
De curtir seus versos em cadência,
E de lhe desejar com muito prazer.

"ELA"

Que belo era viver...sonhar e sentir
Sabores não morriam...insistiam em existir...
Ah! Como eram em mim presentes!
Pergunto-te se ainda gostas...se me amas...
Se curtir meus versos manteve a chama
De uma paixão em sua fase nascente?

"ELE"

Dançar com você ao som de poesias,
Amá-la com fervor é tudo que almejo,
Imaginando como tão cativante seria,
Tomar o seu corpo cheio de desejos,
Descobrir pontos que não conhecia,
Ao satisfazê-la com os meus latejos.

"ELA"

De sutilezas desabrochou este sonhar
palavras soltas... rimas insinuantes.
um certo sentido... promessas inebriantes,
Envolveram-me em mil e uma fantasias!
Nessa moderna noite de Sherazade, dancei poesias
vestida de sete véus para te encantar!

"ELE"

Encanta-me sua vontade de me querer,
De se entregar com gosto ao chamego,
Que meus avanços provocam em você.
Quero sentir seu prazer no aconchego,
Do amor entrelaçado no dar e receber,
Incitando sussurros quando lhe chego.

"ELA"

Ah...desejos permeavam os sentimentos,
ora despertos sentidos...ora doces momentos,
criando dúvidas...insinuando avanços!
Ousei pensar e querer... veio o receio...
viver instantes...aproximação de belos enleios...
E se te deixasses levar por novos encantos?

"ELE"

Não pense tanto e nem tenha receios.
Basta apenas o querer e se entregar,
Para receber todos enlevos ao amar.
Quero conquistá-la livre e sem freios,
Cheia de desejos para ser possuída,
Como se fosse último prazer na vida.

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NO LIMITE (Indriso) -  (12/09/2016)

"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível"
(Frade Giovanni di Pietro Bernardone ou São Francisco de Assis)
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Em vista de suas prontas recusas,
Procurei conquistar a minha musa,
Cantando em versos minha poesia.

Meu querer venceu suas barreiras,
Assim que sentiu a forma maneira,
Como eu desejava sua companhia.

Superação de obstáculos que às vezes nos parecem impossíveis e intransponíveis.
Tem muito a ver com as vitórias dos grandes vencedores que não desistem nunca.


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MISTÉRIOS (Indriso) - (03/09/2016)

"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar."
(William Shakespeare)
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Mistério é a origem do mundo,
A maçã da serpente no paraíso,
A falta de algo que eu preciso.

Mistério está no mar profundo.
Está no eco que bate e ressoa,
Está nos neurônios de pessoas.

Enquanto a gente não consegue desvendar mistérios.
Pessoas vão nos surpreendendo com suas surpresas. 

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DUETO EM INDRISOS - UMA DIVERSÃO POÉTICA D'MORES
(Composição compartilhada entre Poeta Olavo (primeiras estrofes) e Gisely Poetry (segundas estrofes) e assim sucessivamente.

Quem não pede não ganha,
Quem não chora não mama,
Quem não corre não alcança.

Quem não sofre não perdoa,
Quem não sabe não enxerga,
Quem não ama não vive.

A vida nos pede para amar.
Amar e ser amado é viver.
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Quem não se insinua,
Não ganha a lua,
Quem não se entrega,

Perde e não leva.
Porque o que enleva,
Tira il cuore da relva,

Numa dança poética.
Uma revoada estética! 

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Quem não chega não segura,
Quem não beija não envolve,
Quem não abraça não afaga.

Quem não troca não recebe,
Quem não fala não escuta.
Quem não sonha não realiza.

Quem não morde não prova.
Quem não toca não excita.

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Quem não incita não dança,
Porque o bailar do tango instiga
Belos passos, firmes enlaços.

Quem não sabe não brinca
Onde as águas são profundas,
Nem se atreve tão intensamente.

Se os desejos têm peso, sei bem o que escrevo.
Quem mata os versos, deixa o poeta sedento.

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Quem não lê não participa,
Quem não tem sede não bebe,
Quem não dança não acompanha.

Quem tem desejos não pensa,
Quem não sonha não imagina,
Quem não rima não verseja.

Escrevo poesias para conquistar.
Não para jogar versos ao léu.

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Minha inspiração se esvaiu em brisa - e de quem nunca?
Meus pensamentos misturam-se em danças de versos - e de quem nunca?
Será um mistério, outrora tormento?

Mas continuo no meu tango - problema se não o segues.
Quem nunca perdeu-se no compasso
A um passo dos sonhos?

Verdadeiramente quem 'pouco nuncas' , cegou-se às nuances.
E quem 'não pouco' perdeu-se nos desejos?

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Ela chegou das Alterosas,
Trouxe-me olor das rosas,
Até comparou-me a Apolo.

Sou um Adônis que insiste,
Em conquistar a Afrodite,
Dançando tango nesse solo.

Apolo, deus do sol, da beleza, artes e poesias.
Adônis, condenado por Ares por amar Afrodite.

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Amado Adônis-Apolo, não quero teu sangue transmutar em vermelha rosa
Nem que voltes do submundo para ficar parte do ano ao meu lado
Quero-te vivo, pra envolver-te réu em minha prosa

Teu amor por mim traz beleza, nesse duro coração imaculado
De véus a ventania se esvai todo este meu medo calado
E que seria da dança mais linda sem todos os teus compassos?

De teus versos quero apenas fulgor de uma chama.
De você quero todo o carisma, nunca passando por sentimentos de Mirra.

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Se pudesse lhe embalar no colo,
Fazê-la ninar como uma criança,
Ainda teria uma leve esperança.

E não será Adônis e nem Apolo,
Que me trará de volta Afrodite,
Que agora deixou-me tão triste.

Deusa grega-mineira e musa preferida do poeta.
Apaixonou-se por seus versos e não pelo dono deles.

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Amado, não sabes o tanto que penso em ti
Mas nosso amor, como sol e lua,
Não será vivido aqui.

Quisera eu, embalada nos teus braços, ser eternamente tua deusa
Em teus ombros com carinho, acostar-me
E em arrepios acariciar-te

Apaixonei-me pelo o que há de mais lindo em ti
E em sonhos, deliro com teus sussurros sedentos de meu tautograma.

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O sol e a lua nunca se encontrarão.
E enquanto ele dorme e ela acorda
O poeta na noite sua musa aborda.

Quisera que meus versos de paixão
Mostrasse pra você que meu sonho,
É ter seu amor pelo que componho.

Minha poesia é uma declaração de bem-querer e muito afeto.
A declaração de um triste súdito apaixonado por sua rainha.

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Quem sabe no eclipse nos encontraremos
Ardorosamente veremos sonhos transmutarem-se
De teus versos apaixonados apoderarem-se.

Não se entristeça, meu doce súdito, de nossos desejos viveremos
Acolho com intenso amor tuas declarações
E as adentro, mergulho, misturo-me às tuas emoções.

Não provoco-te a bel prazer, muitas vezes até é sem querer.
As vezes me excedo, tu me acolhes, recolhes meus adendos, confundes-me! 

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Quero-te com versos ou sem versos
Passear por seus lados controversos
Ter a sensação de possuí-la inteira.

Quero vê-la com os olhos brilhando,
Toda vez que eu estiver lhe amando,
Chegando mais sério na brincadeira.

Brincadeira poética que mostra o que é o romantismo.
História de sonhos voláteis que vão e voltam ao vento.

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Carinho meu, é tão intenso esse teu querer
Que abarca-me, entranha-me a alma, quase um sem querer
Intencionalmente exposto à me seduzir.

Fico deliciosamente entregue, amo
A todos desejos incríveis que realizo
Ao lado de um poeta romântico, suave, gentil...danço!

Danço com tua beleza poética, furtivo ardor de um amor eclético!
Versejo nesse vento em furacão que me consome em infinita atração.

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Segure-se em minhas asas para voar,
Tome conta de mim por este espaço,
Se envolva em tudo que digo e faço.

Vamos aterrizar nesse belo versejar,
Deitar no aconchego da nossa cama.
Porque você vai sentir como se ama.

Entregue-se com amor, desejos e sofreguidão.
Porque as nossas poesias não vivem sem paixão.

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MINEIRINHAS - 11/08/2016
(Dedicada às poetisas Najet Cury e Gisely Poetry)

Mocinha e menininha são duas mineirinhas,
Que sempre admiro aqui no nosso Recanto.
Estão sempre abraçando as letras minhas,
Quando visitam com carinhos o meu canto.

Mocinha brilha em seu Triângulo Mineiro,
E a menininha dança seu tango na capital,
E pra elas quero chegar a ser o primeiro,
A gravar seus versos em grande pedestal.

Duas nobres poetisas que amam escrever,
Que me provocam para novas inspirações,
Mostrando como é sublime todo o prazer,
Que delas me chega com tantas emoções.

Interação acróstica de Najet Cury

Passeando neste recanto
Onde a poesia habita
Eis a surpresa mais doce
Tão linda que meu coração se agita
Ao sabor deste encanto.

O nome de Gisely e o meu
Lidos nesta homenagem maravilhosa
Ah! Que belas palavras!
Versos com perfume de rosas!
Obrigada por este carinho que nos concedeu!

Interação acróstica de Gisely Poetry

P. oeta carioca dos encantos sutis, das palavras gentis
O. meu instigador primo, amigo tão lindo
E. inspirador eterno
T. u és astúcia, tão lindo teu coração
A. encantar os mais desavisados leitores de tuas peripécias

O. meu querido Apolo, de tantas e tantas trocas
L. eu nos meus pensamentos desejos de sorte
A. esse amor tão singelo e sincero que nutres por
V. ossa poetisa musa
O. s olhos d’alma de sua existência poética

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AMOR SOB TINTAS (Indriso) - 13/08/2016

A ARTE DA VIDA CONSISTE EM FAZER DA VIDA
UMA OBRA DE ARTE. (Mahatma Gandhi)

Só consigo retratar minha vida,

Pintando em cores sua imagem,
Numa tela de obra bem atrevida.

Tenho que mostrar a paisagem,
Duma linda paixão consentida,
Nas tintas dum amor selvagem.

Se a minha tela conseguir retratar os nossos êxtases.
O nosso amor mostrará uma grande obra de arte. 

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DUETO ENAMORADO - Um desafio poético

Composição compartilhada e interagida com a poetisa Gisely Poetry.
Para diferenciar, os versos dela estão em letras minúsculas e os meus em letras maiúsculas.

SE QUERES O AMOR, SOU O CORAÇÃO
SE QUERES VERSEJAR, SOU A POESIA
SE QUERES A MIM, SOU TODO SEU.

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Ô... te quero,
Intensamente meu.
Só sei versejar
Adentrando-te em fantasia,
Porque teu coração
Já arrebatei de paixão.

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PAIXÃO QUE ACENDEU A MINHA LUZ,
QUE ESTAVA APAGADA SEM SONHOS,
PAIXÃO QUE SÓ AGORA ME CONDUZ,
PARA ESPERAR POR DIAS RISONHOS.

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Ah, ilusão d'alma encantada
Que faço com teus sutis
galanteios
Entrego-me afã,
numa sensatez postergada
Ou oculto essa profusão de desejos,
devaneios?

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SEUS DEVANEIOS CHEIOS DE DESEJOS
SÓ CHEGARÃO EM NOSSOS CORAÇÕES,
QUANDO OS ACONCHEGOS DE BEIJOS,
CHEGAREM COM AMORES E EMOÇÕES.

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Fico em ecstasy com teu carinho cauteloso,
Que me pega quase de surpresa.
Me enleva, toca fundo, um calor primoroso
Não resisto, arrepio, transformas-me em sua tigresa.

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QUERER VOCÊ COMO A MINHA TIGRESA,
PROCURANDO SEUS DESEJOS SACIAR,
É TUDO QUE O POETA SONHA E ALMEJA,
PARA DEVOLVER CARÍCIAS AO TE AMAR.

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Ó céus que dúvida cruel!
Como poetisa fui embriagada
Por suas carícias de amor.
Agora estou desnorteada
Mas sou fiel.
Ah! esses sentimentos
Fortemente sedutores.

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QUE MINHAS POESIAS SEJA O SINAL,
DE UM CORAÇÃO QUERENDO TE AMAR,
IMPEDINDO QUE CHEGUE A UM FINAL,
ANTES DE LHE SENTIR E LHE BEIJAR.

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Nua de razões
Entrego-me a ti
Meu Apolo,
Saciada d'alma estou,
Nestes toques
Divinamente malévolos,
Que enebriam-me
Sem sequer um retoque.

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QUERO-TE TODA NUA MINHA AFRODITE,
DEUSA BELEZA DA MITOLOGIA GREGA,
QUERO-TE NESTE AMOR QUE JÁ EXISTE,
EM NOSSOS VERSOS QUE AQUI CHEGA.

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Entrego-me...
A estes olhos que me despiam e agora me devoram,
A estas mãos que escorregam suavemente dos ombros ás nádegas.
Aos teus beijos sedentos por minha pele alva.
Minha respiração ofegante por teus sussurros tão ávidos.
Teu palpitar é minha chama maior.
Sinto tua maturidade quente nos meus desejos ardentes,
Rasgou-me o verbo no arrepio constante,
Um calor de amor, nesse instante sem pudor...
Nossos corpos em nu, teu calor no meu ventre,
Incendiou-me inteira,
Quando penetrou-me os sentidos!
Amado, assim adormeci nos teus braços,
Nessa que foi tua mais densa poesia!!!
E eu, fora de mim...
perdi a rima nessa gostosa fantasia.

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MINHA POESIA ESTÁ MUITO EXCITADA,
TOMA CONTA DE MIM E DO QUE FAÇO.
ELA É NESSA HORA, RIMA EMBALADA
EM SEUS BEIJOS, MIMOS E ABRAÇOS.

ELA É O MEU CORPO AQUI PRESENTE,
MINHA VOZ ANSIOSA QUE LHE ATENDE,
UMA BOCA ATREVIDA QUE LHE SENTE,
UMA LÍNGUA AFLITA QUE LHE ACENDE.

SUA PELE SEDENTA PEDE A VIAGEM,
POR ESTA ESTRADA NUA E SEDOSA,
QUE CHEGO SEM PAGAR PASSAGEM,
AVANÇANDO SINAL NA MIRA FOGOSA.

SUBO E DESLIZO NAS SUAS CURVAS,
SUFOCO-ME ENTRE SEUS CABELOS,
PROCURO RECEBER ÁGUAS TURVAS.
CORRENDO ATRÁS DE SEUS APELOS.

POESIA QUE SABOREIA SEUS SEIOS;
PASSEIA POR ORELHAS E PESCOÇO,
LIGADA ENTRE GEMIDOS E ANSEIOS,
NO ATO DE UM AMOR TÃO GOSTOSO.

POESIA QUE CONHECEU SEU NINHO,
TOCANDO BEM NO FUNDO DE VOCÊ,
COLHENDO UVAS DO NOSSO VINHO,
SEMEADAS EM GOZOS DO PRAZER.

MEUS VERSOS AGORA DESCANSAM,
DENTRO DA SUA CASA UMEDECIDA,
ENQUANTO DE NOVO NÃO DANÇAM,
A MESMA MÚSICA AQUI BEM VIVIDA.


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NOVO FIM (Indriso) 

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." 
CHICO XAVIER

Nosso passado nunca retornará
Porque não remaremos pra trás
Nem daremos voltas ao coração.

Mas não custa nada dizer o sim
Para um novo começo e bom fim
Que possa alcançar essa paixão.

O nosso amor vivia entre estrelas e heresias.
O nosso amor pode agora renascer nas poesias.

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INQUIETUDE (Indriso) - por Olavo Nascimento (21/08/2016)

Se você vem eu te quero,
Se promete eu te espero,
Levando na mão uma flor.

Se você não vem eu grito,
Por seu nome bem aflito,
Sedento deste seu amor.

Dúvidas, incertezas e ausência causam ansiedade.

Presença querida da amada vem com a felicidade.

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SEQUELAS (Indriso)  - 01/08/2016

Quem não pede não ganha,
Quem não chora não mama,
Quem não corre não alcança.

Quem não sofre não perdoa,
Quem não sabe não enxerga,
Quem não ama não vive.

A vida nos pede para amar.
Amar e ser amado é viver.


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JURAS (Indriso) -  26/07/2016

Se queres o amor,
Sou o coração.
Um coração apaixonado.

Se queres versejar,
Sou a poesia.
Uma poesia que encanta.

Se queres a mim,
Sou todo seu.


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SEM SABER SER SÓ (Tautogramas) - 26/06/2016

Seu semblante sem sombra,
Seu santuário sem segredo,
Sua sonolência sem sonhos,
São sinais sem submissão.

Sou sábio sem saber ser só,
Sem saber sorver saudades,
Sem saber sorrir sem susto,
Sou silencioso sem sentido.

Soltar sussurros sob sexos,
Suspiros sensuais sonoros,
São sensações simuladas,
Sem solidar sua satisfação.

Sou sofredor sem sossego,
Sobrevivendo sem semente,
Sempre solicitando seu sol,
Sob soberba sem sensatez.

Somos seres sensíveis sim,
Somos sim sumiços sadios,
Semáforo sutil só surpresa,
Selando suspense sagrado.

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TALVEZ UM DIA -  20/05/2016

Talvez a esperança morra,
A chuva que cai não corra,
O sol na nuvem se esconda.
Talvez a saudade dê adeus,
Destruindo os sonhos meus,
Que se seguram nesta onda.

Talvez o vento não apareça,
Você de mim até se esqueça,
Mas o seu mel comigo ficou.
Talvez o ar pare de chegar,
As flores sem vida murchar,
Mas o que quero é seu amor.

Talvez um dia você entenda,
Que nosso caso tem agenda,
Para muitos outros abraços.
Talvez você volte neste dia,
Aceitando com esta poesia,
Todo o apelo que aqui faço.

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MINHA SAUDADE  - 05/05/2016

Minha saudade...
Por favor não me deixe,
És a isca eu sou o peixe,
Que por ti está fisgado.

Minha saudade...
Peço seguir os passos,
Preencher os espaços,
Deste amor angustiado.

Minha saudade...
Não fuja do meu peito,
Me fustigue com jeito,
Nas distâncias que for.

Minha saudade...
Sua presença é incerta,
Cada vez mais deserta,
No meu jardim sem flor.

Minha saudade...
Traga-me a sua imagem,
Ilumine minha passagem,
Na busca do meu prazer.

Minha saudade...
És tudo que tenho querida,
Desde quando a minha vida,
Perdeu os amores de você.

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MULHER EM PROSA
Uma homenagem ao "Dia Internacional da Mulher" - 08/03/2016

Mulher discriminada,
Mulher violentada,
Mulher agredida,
Mulher que reage e denuncia a covardia.

Mulher que protesta,
Mulher que contesta,
Mulher que discute,
Mulher guerreira que luta por seus direitos.

Mulher que trabalha,
Mulher que produz,
Mulher que não recua,
Mulher que progride e diminui diferenças.

Mulher executiva,
Mulher empresária,
Mulher dirigente,
Mulher culta e inteligente mostrando poder.

Mulher loura que visualiza,
Mulher negra que compete,
Mulher morena que moleja,
Mulher que nos chega com graça e beleza.

Mulher que se entrega,
Mulher que concebe,
Mulher que amamenta,
Mulher que chega com carinho e amor de mãe.

Mulher esposa,
Mulher amante,
Mulher companheira,
Mulher que completa a vida de um homem.

Mulher que aconselha,
Mulher que protege,
Mulher que chora e que sorri,
Mulher que abraça com carinho sua família.

Mulher que escreve,
Mulher que verseja,
Mulher que romanceia,
Mulher poetisa que alimenta meu romantismo.

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ALFABETO TROVISTA DE "A" a "Z"  - 15/02/2016


AFAGOS
Sentimento que faz ferver,
Com arrepios em tremores,
O aconchego traz o prazer,
Entre os braços de amores.

BEIJOS
Bocas ansiosas se procuram,
Guiadas por nobres desejos,
Línguas se tocam e se curam,
De dores em salientes beijos.

CARÍCIAS
Encontro a dois sem ninguém,
Corpos despidos com malícias,
Sussurros pedem pra seu bem,
Que continue com as carícias.

DIVÓRCIO
Depois que o marido arranjou,
Um amigo pra ser o seu sócio,
A mulher por ele se balançou,
Colocando chifre no divórcio.

EUNUCOS
Guardas sem o pinto no harém,
Eles eram chamados de eunucos,
Porque ficaram sem os trabucos,
Pra não comer odalisca também.

FRENESI
Igual àquela mulher eu nunca vi,
Sua pele aveludada em arrepios,
Procurava meu calor em frenesi,
Como se fosse uma fêmea no cio.

GOZO
Corpos nus com pernas entrelaçadas,
Desejos aproximam um casal amoroso,
Que querem esquecer águas passadas,
Curtindo aquele amor com muito gozo.

HERESIA
Ao tomar o seu Santo Nome em vão,
Ela mencionou o Senhor em heresia.
Ainda bem que o fim da Inquisição,
Criou novas igrejas sem hipocrisias.

ILUSÃO
Seus olhares e o sorriso cativante,
Aportaram de vez no meu coração,
Mas o que surgiu naquele instante,
Foi apenas luz fria de uma ilusão.

JURAS
Do nosso amor de tantos queixumes,
Cheio de promessas vãs e obscuras,
Eu trago a saudade de seus ciúmes,
E a mentira de todas as suas juras.

KATMANDU
Capital do Nepal ao lado do Tibete,
Pátria do monge budista Dalai-lama,
Teto do mundo com o Monte Everest,
Geleiras do Himalaia de muita fama.

LOUCURAS
Quando o gás de um grande amor se acende,
Afastando pro lado suas brigas e amarguras,
O orgulho dá lugar a mil perdões e se rende,
Aos beijos que busca o prazer com loucuras.

MIMOSAS
Algumas divas aqui deste letrado Recanto,
Chamaram de mimo minhas rimas elogiosas,
Mas elas para mim só me trazem o encanto,
Das poesias criadas por mulheres mimosas.

NAMORO
A mãe dela não gostava do rapaz,
O que deixava a menina no choro,
Mas o seu coração queria demais,
Que ela não terminasse o namoro.

ORGIAS
Já faz tempo que o nosso Carnaval,
Animava o mascarado em fantasias,
Mas hoje parece mais festa do mal,
Quando se troca a folia por orgias.

PAQUERA
Linda como as flores na primavera,
Fisguei seu olhar e fiquei à espera,
Que ela retribuísse minha paquera,
Mas o que veio foi sonho e quimera.

QUERENÇAS
Dizem por aí que querer é poder,
Mas eu tenho muitas descrenças.
Quero tanto mas não tenho você,
Para confirmar essas querenças.

REMORSO
Eu sei que o arrependimento não mata,
Mas esta minha angústia não descarta,
A vontade de fazer tudo que eu posso,
Pra mostrar como é triste meu remorso.

SURPRESA
O marido não avisou que ia almoçar,
E acabou tendo uma triste surpresa,
Encontrou a mulher amando no sofá,
Com todos os pratos limpos na mesa.

TORPEDO
O celular dela deu o sinal bem cedo,
Bem na frente do marido. Que medo!
Mas antes que ele olhasse o torpedo,
Ela cancelou a mensagem com o dedo.

UFOLOGIA
Procura identificar objetos voadores,
Discos tripulados com o imaginário ET,
Dizem que giram com luzes e em cores,
Causando preocupação pra quem os vê.

VERVE
Calor de imaginação que anima o artista,
É o entusiasmo criativo que faz do poeta,
Um ser romântico, inspirador e altruísta,
Que coloca versos de amor na rima certa.

WESTERN
Tempo do cineminha do bairro sem o DVD,
Do bangue-bangue e namoro no escurinho,
De índios apaches sobre cavalos a correr,
Do xerife e do bandido pego pelo mocinho.

XEPA
Com os dias atuais de pouca grana,
Quando a coisa está ficando preta,
Sigo a minha avó que não se engana,
E saio do final da feira com a xepa.

YUPPIES
Jovens bem-sucedidos profissionalmente,
Gastam sua renda com luxo e boas farras,
São chamados de bobos por muita gente,
Mas bobo assim eu seria com muita marra.

ZIKA
Infecção causada por mosquito arrasador,
Que está atacando grávidas e novas vidas,
Precisamos entrar nesta guerra com vigor,
Para evitar picadas de suspeitas sofridas.

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ENTRANDO NA ONDA DO DECANATO POÉTICO DE NORMA

Com todo seu encanto que nos adorna,
Eu teria que encontrar alguma forma,
De entrar na onda da querida Norma.

O seu decanato poético nos faz criar,
Novos poemas com mentes a se agitar,
Para mostrar versos e letras a dançar.

Dona desse estilo que aqui nos cativa,
A sua poesia é o brilho duma lua viva,
Que ilumina os traços da nossa diva.

A DIVA AQUI É: NORMA APARECIDA SILVEIRA MORAES

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PORTA DA CASA - 14/12/2015

Pode entrar que esta casa é sua,

Bata na minha porta sem pudor, 

Fique bem à vontade meu amor.

Vá até a varanda admirar a lua,
Na garagem estacione o carro,

Tome o café, acenda o cigarro.

Sente-se na sala, controle a TV,

Assalte a geladeira na cozinha,

No quarto desejo perder a linha.

Quero seu colo preciso de você,
Seja atrevido e até bem sacana,

Faça-me gemer em minha cama.

Tome conta de tudo neste dia,

Com carinho, desejos, ousadia.
Mexa e remexa quando quiser.

Quero ser sua escrava no sexo,

Ter prazer gostoso e sem nexo,

Levantar meu astral de mulher.

É assim que sempre me recebe,

A minha doce e querida amada,

Entrega-se a mim e tudo cede,

Como se estivesse apaixonada.

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PEQUENOS CANIBAIS - 12/12/2015

Tem macho que deve ter cuidado,

Com o amor da fêmea ao seu lado,

Que pode vir como a mulher fatal. 

Após ser transada pelo seu macho,

E deixá-lo com uma cara de tacho,   

A viúva negra faz ritos de canibal.

Se tem alguém que perde a cabeça,

Por causa dos caprichos da fêmea,  

É o louva-a-deus sem a alma gêmea.   

Talvez ele não saiba e não mereça,

Mas ser decapitado após a trepada,

Parece algo armado em emboscada.

Outro otário nesta hora é o zangão,

Que é escolhido pela abelha rainha,

A provar do doce mel que ela tinha.

A armadilha por conta do seu tesão,

Condena-o a morte por sua ousadia, 

De comer uma fruta que não devia.

Ainda bem que não curto uma teia,

Nem me lambuzo nos favos de mel,

Pra viver certos riscos com mulher.

Senão a coisa pra mim ficaria feia,

Ao provar um sabor amargo de fel,

Que é amar uma megera qualquer.

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ÊXTASES - 07/12/2015

Quero você completamente nua,

Totalmente livre, solta e impura,  

Tentando toda sorte de loucura.

Adoro quando vem e se insinua,

Enroscando-se na minha cama,

Avivando seu fogo que inflama.

Quero seu corpo muito excitado,

Com beijos, carícias e retoques,

Se arrepiando com meus toques. 

Quero você de frente ou de lado,

De costas, por baixo ou por cima,

Para fazer crescer o nosso clima.

Quero sua boca ávida e inquieta,

Procurando pontos pra se saciar,

Cheia de desejos e calor pra dar.

Quero a sua porta livre e aberta.

Ansiosa em busca do seu prazer,

Extasiando o amor do nosso ser.

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ABANDONO - 30/11/2015

Desceu as escadas, saiu pela porta afora, 

Ganhou as ruas sorrindo e foi-se embora,

Bem firme, segura de si e sem compaixão.

Resolveu prender âncoras em outro porto,

Pensando em uma vida com mais conforto,

Deixando-me só, amargurado e sem chão.

Logo após que ela sumiu e me abandonou,

Não perdi tempo, fui atrás de outro bem,

Para tentar esquecer o mal daquele amor.

Mas os seus beijos não senti em ninguém.

A fuga da tristeza teve outros caminhos,

Baladas, bebidas e amigos para distrair,

Mas nos momentos que eu ficava sozinho,

Só me lembrava das teias em que fui cair.

Ainda escuto a sua voz aqui tão presente, 

O brilho de seus olhos sempre reluzentes,

O aroma do seu corpo se juntando ao meu.

Estou tentando muito dar a volta por cima,

Ganhar outros abraços, curtir outro clima,

Pra me livrar de uma paixão que já morreu. 

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O VIL METAL - 15/11/2015

Os caras deste país que só pensam em mutreta,
Antes que a sua sujeira provoque o mau cheiro,
E a polícia descubra e abra a sua caixa preta,
Tentam se esconder com apelidos do dinheiro.

Enquanto a gente trabalha e pede bom agouro,
Outros roubam demais na maior cara-de-pau.
É por isso que desde a era da moeda de ouro,
Por corromper as pessoas, nasceu o vil metal.

Por aqui o dinheiro é escondido por alcunhas,
Que se inventam para proteger algum sovina,
Como o José, o Luís e alguém que se supunha,
Que não deixam de embolsar aquela propina.

O suborno que tem sempre notícias recentes,
Também é conhecido por espórtula e xixica,
Para tentar enrolar inocentes ou descrentes,
Ao se dar sumiço na grana que com ele fica.

Tem alguns que falam em joia ou molhadura,
Para cobrar serviços gerados na corrupção,
Elogiam seu trabalho em tempo de vida dura,
E exigem a molhadela umedecendo sua mão.

Outros são mais sofisticados e importantes,
Abandonando os apelidos por gratificação,
Como se o faz-me-rir infeliz e chocante,
Não fosse um grave crime de prevaricação.

O coitado do dinheiro anda fulo nesta vida,
Com tamanha ousadia de qualquer picareta,
Que não tem ética e honra que com ele lida,
Ao receber sobrepaga em nome da gorjeta.

É tanto beberete com capins de lambuja,
Muito jabaculê que vem com a lambidela,
Que a gente não sabe como o bunda-suja,
Ainda continua livre e não dentro da cela.

Algum emolumento ou ainda uma blefaia,
Também se enfurnam dentro dum jaleco.
Mas o dinheiro se irrita com a nova laia,
Por ser batizado agora como o pixuleco.

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SENTIDO DE VIDA - 28/03/2015

Existir é chorar, sorrir e pensar,
Lutar é não desistir para vencer.
Germinar é fruto que vai brotar,
Amar é o bem que nos traz viver.

O amor quando aparece não avisa,
Livra amarras saltando barreiras,
Acende a luz e aconchega a brisa,
Concebendo paixões verdadeiras.

Somente agora consegui ser feliz,
Ao ver que o vazio da minha vida,
Foi ocupado com tudo que eu quis,
Que é você minha mulher querida.

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DESASSOSSEGO - 25/03/2015

Estava sossegado no meu canto,

Levando a vida sem desencanto,

Quando de repente chega você. 

Apareceu assim quase do nada,

Muito singela e despreocupada,

Sem dar na pinta de me querer.

O tempo correu como não podia,

Surpreendendo o meu dia-a-dia,

Com o seu jeito doce de menina.

A sua voz melosa de quero mais,

E os seus cabelos tão desiguais,

Deram a partida na minha sina.

Seu andar empinado e maneiro,

Seu sorriso branco e altaneiro,

Não escondiam a sua presença.

Aos poucos senti você mudando,

Pedindo ajuda e me procurando, 

Sem qualquer ar de indiferença.  

A rotina nos colocou mais perto,

Sem pensar no errado ou certo,

Quando a carência nos chamava.

A atração chegou logo pra ficar, 

Ao pedir beijos com o seu olhar,

Quando a gente tanto se amava.

O nosso aconchego virou paixão.  

Com loucuras de pulsar coração,

Na vontade de se dar e receber. 

A gente curtiu tudo que se deu,

Com sol, luz e estrelas se viveu,

Nos momentos de muito prazer.

Entre idas e vindas veio o fruto,

Que agora você diz e eu escuto, 

Não ter vindo de mim a semente. 

O seu orgulho traz infelicidades,  

Quando você esconde a verdade,  

E não confessa aquilo que mente. 

E enquanto a gente se distancia,

Esfriando o amor que se sentia,

A tristeza vai tomar o seu lugar.

Mas basta olvidar o brio ferido,

Se animar com o perdão pedido,

Para a nossa história recomeçar.

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ACESSO VIRTUAL - 05/01/2014

Tudo começou no acesso virtual,

Numa sala de bate-papo normal,

Com bons jogos e passatempos.

Foto de mulher loura no retrato,

E um falso avatar foram de fato,

A origem de seus contratempos.

Revelações, mentiras, conversas,

Verdades e juras nas promessas,

Atiçaram de vez os seus desejos.

Suas vozes chegaram por um fio,

Correndo como águas de um rio,

Com carinhos e trocas de beijos.

As perguntas tiveram respostas,       

Para o que se gosta e não gosta,

Falando de família e de passados.

O tempo voou rápido nesta cena,

Até marcarem num telefonema,

O encontro por ambos esperados.

Ela chegou com bastante atraso,

Mas ele prorrogou aquele prazo,

Só para matar a sua curiosidade.

Falta de química logo apareceu,

Cada aparência não convenceu,

Mostrando assim triste verdade.

A atitude dela foi bem defensiva,

E ele se decepcionou com a diva,

Ao sentir distância de tão perto.

A despedida foi rápida e sem sal,

Não se falaram mais, ponto final,

Para um caso que não deu certo.

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MULHER INVISÍVEL - 29/01/2014

Às vezes é por demais complicado,

A gente entender o que se passa,

Na mente de uma mulher invisível.

Num dia parece feliz ao meu lado,

No outro se esconde, se disfarça,

Mostrando-me como é imprevisível.

Esse negócio de sumir e aparecer,

Como o controle remoto duma TV,

Não acrescenta nada pra relação.

Não devemos sentir insegurança,

Nem perder a grande esperança,

Que temos guardado no coração.

Se ela precisa em certo momento,

Se fechar pra ter mais um alento,

Eu até entendo este seu sumiço.

Mas eu não posso me conformar,

Quando ela procura me comparar,

Com pessoas sem nada com isso.

Este desabafo pede a mudança,

No tom que temos nesta dança,

Para evitar os ressentimentos.

Vamos manter a nossa verdade,

Para se evitar que só a saudade,

Faça parte desses sentimentos.

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OBSESSÃO - 05/02/2014

Eu queria pintar a natureza,  

Retratar tudo de sua beleza,

Mas as cores na tela é você.

Eu queria seguir as estrelas,

Focar sua luz sem perdê-las,

Mas o brilho que vem é você.

Eu queria falar do sol, do mar,

Da moça de biquíni ao passar,

Mas a moça que vejo é você. 

Eu queria me dourar na praia,

Admirar mulher em minissaia,

Mas a mulher que vem é você. 

  

Eu queria o arranjo de flores,

Para presentear os amores,

Mas o meu amor é pra você.

Eu queria cuidar dos animais,

Do cão, da gata, outros mais,

Mas a gata que quero é você.

Eu queria fazer mais amigos,

Para entender o que eu digo,

Mas só quero entender você. 

Eu queria versar uma poesia,

Versar uma poesia eu queria,

Mas nos versos só tem você.  

Eu queria saber quem sou eu,

Poder realizar um sonho meu,

Mas neste sonho só tem você.

Eu queria destruir a obsessão,

Que impede minha inspiração,

Com esta mania de tudo você.

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BRILHO DE LUZ - 04/05/2013

Rosto lindo de bem-querer,

A gente gosta tanto de ver.

Quanto carisma você tem.

Seu olhar é brilho de luz,

Que nos cativa, nos seduz,

Com belo sorriso que vem.

Sua beleza está na alma,

A sua voz quero escutar.

Cada fala sua nos acalma,

Que eu quero desfrutar.

Aceite esta ode versejada,

Minha cara amiga querida,

Ela é uma glória desejada, 

Não a esquece nesta vida.

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CINCO SENTIDOS - 20/11/2013

Seja no rio, no mar ou na rua,

Aonde eu vou encontro você.

Seja pro sol, pro céu ou lua,

Para onde olho eu vejo você.

Seja na folha, fruto, na flor,

Aonde eu toco eu sinto você.

Seja do rádio, TV e onde for,

A voz que eu ouço é de você.

Seja o da rosa ou da alfazema,

O aroma que chega é de você.

Seja o mel, a clara ou a gema,

O gosto que sinto vem de você.

Você ocupou todo o meu ser,

Conquistou os meus sentidos,

Trouxe a razão pro meu viver.

Fez renascer sonhos perdidos.

Seja o que eu vejo pela visão,

Seja o que eu sinto pelo tato,

É você que está junto de mim.

Seja o som na minha audição,

Seja o perfume no meu olfato,

É você que tanto quero enfim.

O meu paladar tem seu sabor,

O meu corpo quer seu calor,

A minha mente é o seu tema.

A minha mão escreve o amor,

Trazendo formas e muita cor,

Para os versos deste poema.

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GANGORRA - 30/10/2013

A nossa vida bem que se parece,
Com um balão que sobe e desce,
Ou uma gangorra que vai e vem.
Um dia você termina, dá um fim,
Num outro dia procuras por mim,
Querendo prazer como ninguém.

Esta vida de gangorra-balão,
Que muito agita esta paixão,
Depende dos dias da semana.
Tem dia que você me renega,
Mas noutro você se entrega,
Procura por mim e me chama.

Chega o dia do outro abraço.
E fico sem saber o que faço,
Com seu noivo te assumindo.
Fico curtindo minha saudade,
Sofrendo com a infelicidade,
Da sua ausência no domingo.

Noutro dia está arrependida,
Mostra-se um tanto perdida,
Com uma tristeza profunda,
Tento ganhar o seu sorriso,

Mas eu nunca consigo isso.
No reencontro de segunda.
No outro dia eu não desisto,
E com palavras ainda insisto,

Pedindo que não desapareça,
Você pensa e nada responde,
Mas no olhar que se esconde,
Traz esperança nessa terça.

Num dia de meio da semana,
Eu lhe mostro como se ama,
Com meus poemas e cartas,
Com proteção, muita malícia,

Conforto, abraços e carícias.
Eu lhe reconquisto na quarta.
No outro dia é toda minha,
Não lhe deixo ficar sozinha,

Numa tela que a gente pinta,
Você dispensa o outro lado,
Querendo-me como namorado
Nesta grande feira da quinta.

Noutro dia de juras de amor,
Eu percebo todo seu fervor,
Quando me pede hora extra,
E logo a gente se aconchega,

Com seu calor que me chega,
E muito prazer nesta sexta.
No outro dia eu perco você,
Sem rumo, sem o que fazer,

Num momento conturbado,
Volta de novo à sua rotina,
Ao sentir sua triste sina,
Com o outro neste sábado.

E assim vai girando a roda,
Que pra mim já virou moda,
Esta vida de quer-não quer.
E enquanto ela nada decidir,

Eu vou tentando conseguir,
Toda para mim esta mulher.

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LEMBRANÇAS DE MENINO - 13/05/2013

Ainda me lembro... 

Do meu tempo de criança,

Dos dias sem esperanças,

Daquele lugar que eu vivi.

Ainda me lembro...

Do meu pai sempre ausente,

Da minha mãe bem presente,

Desde o momento que nasci.

Ainda me lembro...

Das boas notas na escola,

Dos meus gols com a bola,

Do português da quitanda.

Ainda me lembro...

De pegar e soltar do bonde,

De brincar o pique esconde,

E das meninas na ciranda.

Ainda me lembro...

Da bola de gude, rodar pião,

Pular carniça e soltar balão,

De correr com a bandeirinha.

Ainda me lembro...

Do carnaval e peladas na rua,

De fisgar rolinha e cacatuas,

Das pedrinhas na amarelinha.

Ainda me lembro...

De empinar pipas com cerol,

De correr na chuva e no sol,

Das fogueiras de São João.

Ainda me lembro...

Do bom chicotinho queimado,

Do pequeno ninho derrubado,

E dos campeonatos de botão.

Ainda me lembro...

Daquela ladeira e do rolimã,

Descendo o asfalto com elã,

Do bafo-bafo de figurinhas.

Ainda me lembro...

Das bilhas rodando patinetes,

De fazer artes, pintar o sete,

Das amoras doces da vizinha.

Ainda me lembro...

Da ponta de ferro vergalhão,

Fechando os espaços no chão,

De quem quisesse me passar.

Ainda me lembro...

Do jogo de damas no tabuleiro,

Da arapuca trazendo o coleiro,

E do sabiá na gaiola a cantar.

Ainda me lembro...

De guerras de verdes mangas, 

Da atiradeira, risos e zangas,

Das árvores com frutas a mil.

Ainda me lembro...

Das goiabas, sapotis e araçás,

Carambolas, morangos, cajás,

Jabuticabas, jambos e abius.

Ainda me lembro, agora enfim,

Desta saudade que não tem fim,

Que recordou tintim por tintim,

Toda a minha infância pra mim.

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PONTOS E CONTRAPONTOS - 05/11/2013

Esta vida é cheia de encontros, desencontros,

Tempos, contratempos, pontos, contrapontos,

Que nos ensinam e norteiam nossos caminhos.       

E é exatamente em alguns sentidos do ponto,

Que eu mostro situações que agora eu conto,

Entre assuntos rimados com muitos carinhos.   

Seja pra que direção for, tem ponto cardeal,

Sudeste ou até nordeste do ponto colateral,

Uma boa viagem não tem ponto de impacto.

Embarcar em coletivo é no ponto de parada,

Dormir no ponto sem fé não está com nada,

O meu ponto de referência é o seu contato.  

A retina que não se excita é o ponto cego,

Assim como o nó que não desata, não nego,

Pode vir uma proteção em ponto de apoio.

Bordado sobre monogramas é ponto cheio,

Ponto de tricô, agulhas e linhas aqui veio,

Seguindo esta viagem atrás deste comboio.

O ápice do Everest é o ponto culminante,

Vencido pelo alpinista que é determinante,

Escalando escarpas como ponto de honra.

Estar decidido para agir em ponto de bala,

Sem entregar os pontos que tanto se fala,

É ganhar um troféu merecido, sem desonra.

O enquadramento do alvo é ponto de mira,

Ponto de encontro é pra quem nos admira,

Ponto de equilíbrio é atuar com prudência,

Entender do assunto é um ponto de vista,

Ponto pacífico não se discute, não insista,

Por pontos nos is é aclarar uma evidência.

Ponto facultativo libera dias de trabalho,

Assinar o ponto é chegar pra este atalho,

Ser interesseiro é não dar ponto sem nó.

Perda de oportunidade é dormir no ponto,

Que pode nos punir sem qualquer desconto,

Dando um ponto final sem volta e sem dó.

Ponto por ponto são os detalhes mínimos,

Ponto de exclamação admira sem mimos.

Perguntar já é o ponto de interrogação.         

O nosso ponto fraco pode ser um prazer,

Que para a mulher passou a ser Ponto G, 

Que desperta com desejo, amor e paixão.

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SOPA DE LETRINHAS - 11/11/2013

Com letrinhas na sopa deste tema,

Quero colocar bem de mansinho,

No seu peito os versos em poema,

Pra ganhar seu afeto com carinho.

O amor aparece sempre de repente,

Livrando amarras, tantas barreiras,

Iluminando o sentimento pra gente,

Venerar alguma paixão verdadeira.

Esteja sempre alegre e muito feliz,

Imaginando o melhor pra sua vida.

Recebendo mais do que você quis,

Ao passar por uma etapa vencida.

Cada verso aqui é uma lembrança,

A homenagem que agora lhe faço,

Recado com muita fé e esperança,

Vontade de receber o seu abraço.

A sua voz é o som que me acalma,

Luz brilhante chega do seu olhar,

Hoje eu acorrento em sua alma,

Os meus cravos a se desfolhar.

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VOLÚPIA - 08/11/2013

Hoje...

Não vai ter embromação,

Vou seguir meu coração,

Vou levantar o seu véu.

Hoje...

Vou ultrapassar barreiras,

Correr e vencer carreiras,

Pra ganhar o seu troféu.

Hoje...

Vou te pegar com jeito,

Vou te ganhar no peito,

Não vai ter pra ninguém.

Hoje...

Vou chegar bem à frente,

Porque atrás vem gente,

Querendo você também.

Hoje...

Vou te levantar do solo,

Vou te carregar no colo,

Vou te colocar na cama.

Hoje...

Vou libertar seus botões,

Soltar cintas e cordões,

Mostrar-lhe como se ama.

Hoje vou...

Descer os seus fechos,

Arrancar seus petrechos,

Deslizar por sua estrada.

Hoje vou...

Percorrer mãos sem luvas,

Derrapar em suas curvas,

Querer você mais amada.

Hoje vou...

Beijar seus pés e seios,

Boca, cabelos e meios,

Sentir você toda enfim.

Hoje vou...

Bater de leve à sua porta,

Sem licença, não importa, 

Pra lhe dar amor sem fim.

Hoje...

Vou a seu porto atracar,

Provocar águas neste mar,

Buscar todo o seu prazer.

Hoje...

Depois do meu vai-e-vem,

E do descanso desse bem,

Vou dormir dentro de você.

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XAVECOS - 24/01/2013

Meu doce som de aquarela,

Aconchego é destes versos, 

Rimas pra você mulher bela.

Instantes sem controversos

Aqui quero pintar esta tela.

A gente quer viver pra juntar,

Um carinho, abraços, um sim,

Xavecos, beijos, amor enfim,

Instantes lindos pra se amar.

Livre-se da rotina sem pena,

Invente passos, ruas e vias,

Algo para mudar a sua cena,

Dando-lhe paz aos seus dias.

O mundo gira, vai, roda, vem;

Retornando sempre meu bem,

Ao lugar que já é de alguém.

Seu carisma bem nos conforta,

Seu sorriso nos transmite paz.

Uma paz que abre nossa porta,

Sabendo que tudo que se faz,

A gente guarda o que importa.

Muitas  vezes a gente só pensa,

Em mudar o rumo da nossa vida,

Em veloz correria bem intensa,

Após se ver a estrada perdida.

Ouvir a sua voz sempre espero,

Nunca vou dizer que não quero,

Esse brilho do seu olhar também,

Porque só assim se ama alguém.

Fatia cobiçada de queijo desejado,

Eu lhe quero toda pronta pra mim,

Trazendo aroma de florado jardim. 

Sou um cara que vive apaixonado, 

Por este alguém aqui ao meu lado. 

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TUDO - 02/02/2012

Tudo que começa é um nascer,

Tudo que se aprende é saber,

Tudo que se conquista é poder,

Tudo que é bom vem de você.

Tudo que faz chorar é sofrer,

Tudo que se comanda é reger,

Tudo que se pinça é escolher,

Tudo que é bom vem de você.

Tudo que se segura é bom ter,

Tudo que o livro dá é bom ler,

Tudo que se respira é o viver,

Tudo que é bom vem de você.

Tudo que se deseja é querer,

Tudo que nos assusta é temer,

Tudo que dá gosto é prazer,

Tudo que é bom vem de você.

Tudo que se pratica é fazer,

Tudo que está vivo é um ser,

Tudo que aparece é bom ver,

Tudo que é bom vem de você.

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SEMENTE FÉRTIL - 20/11/2012

Mais do que falar em você,

Eu lhe entrego este troféu

Como prova de bem-querer.

Um dia chegaremos ao céu,

Com ganhos que vamos ter,

Num doce amor como o mel.  

Feliz eu já sei que vou estar,

Ao tê-la bem perto da gente,

Com o brilho deste seu olhar,

Neste rosto lindo e presente.

Há no rosto que é todo seu,

O carisma que só você tem.  

O sorriso que Deus lhe deu,

A sua voz macia é também, 

O alento que quero só meu.

Ouça agora amiga querida,

Vá atrás dos seus sonhos,

Galgando degraus na vida,

Vencendo dias tristonhos.

Esteja sempre viva e feliz,

Idealizando sempre o bem,

Recebendo bênção que diz,

A gente só leva o que tem.

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RETORNO - 05/07/2011

Estavas ausente, até esquecida.

Longe da gente, longe da vida.

Que imensa falta você nos fez.

Agora chegaste com sua graça,

Nessa doçura que nos abraça,

E com aquele seu bem-querer.

Contente eu sei que vou estar

Por tê-la bem perto da gente,

Recebendo a luz do seu olhar,

Iluminando um rosto presente.

Este rosto que é bastante seu,

Igual a ele não se vê ninguém.

É o encanto que Deus lhe deu

Com um sorriso franco também.

Semente fértil deste tema,

Luz que veio à minha mente,

Peço que guarde este poema,

Com versos para ti somente,

Ser lembrado como seu lema.

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O ONTEM, O HOJE E EU - 04/06/2006

Ontem...

A flecha acertou bem no alvo

E eu virei semente e embrião.

Hoje...

Procuro estar sempre a salvo

No meio de gente e multidão.

Ontem...

Estourei a bolsa, me libertei,

Chorei e gritei para o mundo.

Hoje...

Ainda não sei aonde cheguei

Por este caminho sem fundo.

 

Ontem...

Eu abri os olhos sem nada ver

Mas acolheu-me o colo amigo.

Hoje...

Eu sinto muito não mais poder

Ter aquele aconchego comigo.

Ontem...

Eu arrastei joelhos pelo chão,

Mas segurei o meu brinquedo.

Hoje...

Eu pra conquistar o meu pão,

Tenho que buscar sem medo.

Ontem...

Eu dei o meu primeiro passo,

Caí, levantei, mais outro dei.

Hoje...

Eu ainda procuro meu espaço

Pra viver tudo que eu sonhei.

Ontem...

Eu libertei a minha voz enfim

E mamãe pelo ar foi que soou.

Hoje...

Eu não ouço nem falo pra mim,

Porque não sei ainda quem sou.

Ontem...

Eu por mãos amigas era levado

E chegava junto a algum lugar.

Hoje...

Eu diversos passos tenho dado

Mas não consigo perto chegar.

Ontem...

Eu era aquela criança inocente,

Com muitos mimos e vontades.

Hoje...

Eu sou outra imagem presente

Com rugas, canície e saudades.

Ontem...

Eu sempre quis um hoje querer

Com muita saúde, paz e alegria.

Hoje...

Eu consegui o ontem sobreviver

Pra ter amanhã o meu bom dia.

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SHOW DE POETRIX de "A" a "Z"

AUDIÇÃO
Ouço sua voz pra onde vou
Em qualquer lugar você está
Me envolvendo com gemidos

BATE-BOCA
Boca chega na boca
Lábios se tocam
Línguas excitam beijo

CURVAS
Tanto no asfalto molhado
Como na mulher sensual
Ambas são perigosas.

DEVANEIOS
Castelos subindo na areia
Imagens amor evaporadas
Sonho poeta derrubado.

EROS
Mitologia grega deus amor
Filho Afrodite até hoje
Acerta flechas erotismo

FEITIÇO
Pode ser faca de dois gumes
Bem afiados e magoados
Voltando com mandinga

GULA
Primeiro pecado capital
Fome voraz insaciável
Inimiga cruel regimes

HOMEM
Mamífero primata que fala
Animal racional que pensa
Acerta e erra muitas vezes

IARA
Mãe-d'água rios e lagos
Sereia indígena medusa
Água-viva pele queimada

JABACULÊ
Dinheiro pra molhar mão
Propina suborno pixuleco
Faz-me-rir corrupção Brasil

KNOW-HOW
Conhecimento de causa
Experiência no assunto
Poeta dança com versos

LAVAGEM
Cerebral mexe com crenças
De dinheiro tem corrupção
De roupa suja lava-se em casa

MÃOS
Aplaudem libertam acenam
Afagam seguram excitam
Apontam acusam condenam

NEREIDAS
Ninfas mitologia grega
Filhas Nereu e Dóris
Cinquenta irmãs do mar

OLFATO
Perfume que vem de você
Sensualiza minha pele
Sinto seu cheiro aonde for

PALADAR
O seu gosto me acompanha
E não sai da minha boca
E não quero que saia

QUERUBIM
Rostos e mãos de homem
Quatro asas corpo menino
Anjo mensageiro de Deus

RINGUE
Ronda Rousey Spider Tyson
Palco de grandes lutas mostra
Que não há ninguém invencível

SUBLEVAÇÃO
Sem-terra sem-teto sem-nada
Gente sem-trabalho faz pensar
Em movimentos sem-vergonha

TATO
Sentido do aperto de mãos
Sensação de pele com pele
Excitando corpos no amor

ULTIMATO
Colocar alguém contra paredes
Com armas apontando pra paz
Pode gerar guerras em reação

VISÃO
Tem gente que olha mas não vê
Que vê mas não enxerga
Um palmo diante do nariz

WHATSAPP
Trocar mensagens de texto
Enviar fotos mostrar vídeos
Bom começo namoro virtual

XILINDRÓ
Deve ser a nova casa
Dessa gente engravatada
Que anda saqueando país

YORKSHIRE
Cãozinho de estimação
Cativante bibelô que traz
Aconchego pra nossa casa

ZÍNGARA
Dente de ouro vida errante
Cigana decifrou minha mão
E por ela me apaixonei


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DIÁLOGO EM VERSOS  (15/09/2016)

Um dueto poético com participação da poetisa MARIA MENDES
Os versos dela estão identificados por "ELA" e os meus por "ELE"

"ELA"

Esta situação onde faço parte em várias dimensões
Experimento diversas sensações, permito viver sem me notar.
Participo do processo de evolução deixando as emoções

As imperfeições mostram sem máscara o meu ser.
No silêncio da alma a certeza que o meu viver esta ligado a você

Eloquente este jeito de amar sem se cobrar
Ter a consciência, permitir, observar o tempo.
Deixar a vida mostrar que tem muito para ensinar.

"ELE"

A gente faz parte dessa evolução do mundo,
Somos frutos de momentos ternos de amor.
Corremos contra o tempo em solo profundo,
Tanto no sorriso feliz como no choro da dor.
O silêncio desses meus versos procura você,
Tentando encontrar chamego na sua poesia,
Pra deixar a vida nos levar e até nos trazer.
Outros cantos para nossas almas a cada dia.


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DESCAMINHOS DO DELTA (DIA "D") - Tautogramas -  (17/09/2016)

Dama dominante desta dança,
Dádiva do deleite debutante,
Decidi desafiar diva distante,
Debaixo duma desesperança,

Deusa delicada devolve diadema
Depois de deixar-me desgarrado.
Dafne desvenda dados do dilema.
Dedicando-me devaneio dourado

Destronar-me deste delírio de desejos,
Devorando-se diante dantesco drama,
Defendo-me dos dolorosos despejos,
Decretando dispensa deste diagrama.

Dona deste desenho desfilando desafios,
Deixo-me dirigir dedicando-lhe devoção.
Decifro-lhe doce dengo donde desconfio,
Dos diferentes debrues dessa decoração.

Desembarcado dela depois da desavença,
Decidi desfazer dueto desfiliado demais,
Decifrando deltas da dedicatória densa,
Decalques de ditames deveras desiguais.